O Ministério da Economia autorizou na última segunda-feira, 13 de junho, a realização de dois concursos públicos. Ao todo, devem ser abertas 1.699 vagas, sendo 1.000 para o INSS, e 699 para a Receita Federal. A publicação das portarias com as autorizações ocorreu no Diário Oficial da União (DOU).

Em ambos os casos, há o prazo de 6 meses, contado a partir desta segunda, para a publicação do edital de abertura dos concursos. O preenchimento dos cargos vai depender da autorização prévia do Ministério da Economia. Além disso, está condicionado à existência de vagas, e disponibilidade orçamentária.

Ademais, por ser o último ano de mandato de Jair Bolsonaro, qualquer autorização do concurso deve ocorrer no primeiro semestre, o que também respeita a legislação eleitoral.

Detalhes sobre os concursos públicos

Para o INSS, a autorização do concurso de 1.000 vagas é para o cargo de Técnico do Seguro Social. Enquanto isso, na Receita Federal, são 230 para o cargo de auditor-fiscal e 469 para analista-tributário.

No INSS, o piso salarial das vagas é de cerca de R$ 6,5 mil. Por outro lado, na Receita, o valor varia de R$ 11 mil mensais, no caso dos analistas, a até R$ 21 mil, para os auditores.

Entidades enfrentam greves de servidores

Tanto a Receita Federal, quanto o INSS, vivem greves de servidores. Em suma, a revolta dos funcionários começou quando Jair Bolsonaro prometeu reajuste salarial, já que os mesmos estão com rendimentos congelados desde 2019.

Porém, por conta de problemas orçamentários, o presidente sugeriu dar um reajuste somente para os policiais federais, agentes penitenciários federais e aos policiais rodoviários federais.

Depois do movimento de greve, o governo até chegou a dar um reajuste linear de 5% para todas as carreiras. Além disso, chegou a pensar em corrigir somente o tíquete-alimentação dos funcionários. Porém, o governo desistiu de fazer o reajuste.

Para as categorias policiais, Bolsonaro disse que a abertura de novas vagas, seria uma forma de compensar, de certa forma, a ausência de reajustes. Por fim, tudo isso não passa, de uma tentativa desesperada de conquistar esse público, para tentar uma reeleição.