Na noite da última quinta-feira, 3 de janeiro, o Banco Central comunicou que houve um novo vazamento de dados de chaves Pix. Dessa vez, em torno de 2.112 clientes da Logbank Soluções em Pagamentos foram afetados.

Essa é a terceira vez que ocorre o vazamento de dados desde o lançamento do Pix, em novembro de 2020. E é a segunda vez só em 2022 já que o último ocorrido foi comunicado no dia 21 de janeiro.

Porém, de acordo com o BC, o vazamento aconteceu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Ou seja, os dados protegidos pelo sigilo bancário, tais como saldos, senhas e extratos, não foram divulgados.

Abaixo, confira quando o vazamento aconteceu, bem como quais as providências que o Banco Central deve tomar diante deste evento. Também, confira quais os dados que vazaram, e quais os riscos da exposição.

Quais dados vazaram? Quais os riscos da exposição?

O evento aconteceu entre os dias 24 e 25 de janeiro, e expôs os seguintes dados: nome do usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento e número da conta. Todas as pessoas que tiveram as suas informações divulgadas, deverão receber um aviso com a informação.

O BC não informou como deve notificar as vítimas. Na última ocasião, a informação passada foi de que a comunicação seria exclusivamente por meio dos aplicativos dos bancos afetados e que qualquer outra forma de contato (como SMS ou mesmo ligações) deveriam ser desconsideradas, evitando assim o risco de sofrer um golpe.

Porque a exposição de dados não significa que todas as informações dos clientes tenham vazado. Para movimentar uma conta, o criminoso precisa das senhas ou tokens. No entanto, os dados das vítimas podem ter sido capturadas e a partir disso, os golpes podem ser aplicados utilizando-se desses dados.

Golpes mais comuns

Um tipo de golpe comum é quando o golpista tenta se passar por uma instituição financeira, por exemplo, fazendo ligações para as pessoas que tiveram seus dados vazados e a partir disso conseguir outros dados delas como senhas ou códigos de segurança de cartões e então dinheiro, etc.

Além disso, os criminosos podem fazer o cruzamento desses dados com vazamentos antigos, e aprimorar outros golpes. Eles podem, inclusive, tentar se passar por alguém em interações com empresas ou praticar golpes como o saque indevido do FGTS.

Ou ainda, podem enviar faturas falsificadas, como de telefone, internet, IPVA, IPTU, entre outras por e-mail. E assim, ao se deparar com uma série de dados pessoais corretos, a vítima acredita que aquele débito é real, e efetua o pagamento.

Então é importante ficar atento. Desconfie sempre e lembre-se que nenhum banco ou instituição precisa de dados que são sigilosos. Nunca passe esse tipo de informação a ninguém.

O Banco Central também informou que está investigando o caso e que as devidas punições serão aplicadas aos responsáveis, inclusive ao Logbank se identificado que foi uma falha que poderia ter sido evitada.