Quem acompanha o mercado das criptomoedas e principalmente quem investe nelas, não está muito feliz nesse momento. Especialmente aqueles que possuem aplicações ligadas ao bitcoin (BTC). A maior cripto do mundo voltou à faixa dos US$ 30 mil nessa semana, chegando a ser negociada a US$ 29,8 mil, o valor mais baixo desde julho de 2021.

Em 6 meses, a criptomoeda registra uma queda de 51% em seu preço. No dia 13 de novembro de 2021, o BTC estava atingindo seu maior recorde de cotação até aqui, US$ 65 mil. Na manhã dessa quarta-feira, 11 de maio, o ativo era negociado a US$ 31,6 mil.

A queda maior se deu na última semana, ou seja, de 4 de maio para cá. Nesse dia a cotação ainda chegou a US$ 39,6 mil. Desde então foram 21,4% a menos no preço. Mas afinal, o que está acontecendo? O que explica essa queda tão grande nos últimos dias?

Economia norte-americana impacta

A principal causa dessa queda no preço, segundo especialistas como o analista de mercado da Bitcoin Magazine, Sam Rule, é o aperto monetário do banco central dos EUA. Recentemente houve um aumento na taxa básica de juros dos EUA para a faixa entre 0,75% a 1%, a mais alta desde o início da pandemia de covid-19.

Além disso, os pacotes de estímulos também resultaram em um mercado inflado, que agora oferece impactos significativos nos mercados globais de ativos, porque passou a ser necessário combater a inflação que está alta em todo o mundo.

Outro ponto levantando por Sam em análise oferecida à Forbes Brasil, é o fortalecimento do dólar em relação a outras moedas globais e a deterioração, não só de outras moedas mas também das perspectivas de crescimento dos países em todo o mundo.

Isso ajudaria a reduzir o valor do bitcoin porque o mundo investidor está voltando os olhos para investimentos mais seguros, está com medo de todas essas variações.

No entanto, segundo os especialistas, também é preciso considerar que a aceitação e também a adoção das criptomoedas (como forma de pagamento), em termos globais, está bastante acelerada, o que é um ponto positivo.