Em dia de IBOV estável, próximo do 0 a 0, um papel chamou atenção dos investidores: Intelbras (INTB3). Sem nenhuma novidade negativa divulgada por parte da empresa ou do mercado, os papeis de INTB3 caíram mais de 12% nesta quarta-feira de 11 de outubro e fecharam cotados a R$ 17,58 - ele abriram em R$ 20,16.

A empresa que atua na venda de equipamentos eletrônicos destinados aos segmentos de segurança e comunicação teve atualização de rating em setembro pela Agência Fitch, estável em AA- (bra). Desde então, nenhuma alteração ocorreu.

Com a queda forte, os papeis se aproximam do preço do IPO da empresa, feito em fevereiro de 2021, no valor de R$ 15,75.

Ninguém no mercado entendeu o motivo da grande queda, apenas uma forte pressão vendedora ocorreu desde a abertura, tendo os bancos BTG e Morgan Stanley com os maiores volumes de venda.

Intelbras cai mais de 12% nesta quarta-feira, 11
Intelbras cai mais de 12% nesta quarta-feira, 11

Segundo a Fitch, a classificação de INTB3 reflete seu posicionamento destacado no mercado brasileiro. A empresa oferece uma variedade de produtos que ajudam a reduzir possíveis impactos nas margens operacionais e no caixa. A avaliação também leva em consideração a baixa alavancagem e boa liquidez da empresa, com fluxo de caixa livre sustentando seu perfil financeiro forte.

É importante considerar ainda que a Intelbras possui alguns desafios, como o risco de obsolescência de seus produtos eletrônicos e a dependência da taxa de câmbio e do preço das matérias-primas. Além disso, ela enfrenta competição de grandes players globais, o que pode afetar sua competitividade e lucratividade. Mudanças nos benefícios fiscais, incluindo tarifas de importação, também podem ter um impacto significativo nessas áreas.

Na última segunda-feira (9), a empresa anunciou a aquisição de 55% da empresa colombiana Allume, que também atua no nicho de redes, segurança eletrônica e comunicação, por meio de fato relevante. O pagamento será de R$ 24 milhões por 55% da Allume, podendo ocorrer a compra total pelos próximos 5 anos, diz o documento.

Nas redes sociais, investidores estavam preocupados com a queda acentuada das ações da empresa, atualmente uma das "queridinhas" do mercado e que vinha tendo várias recomendações de compra pela maioria dos bancos de investimento e casas de análise.