A B3 anunciou que pretende encurtar o prazo de liquidação de ações no mercado brasileiro, passando de D+2 para D+1. A mudança está prevista para fevereiro de 2028 e busca alinhar o país a mercados como Estados Unidos e Europa, que já adotaram ou estão em fase de implementação do novo ciclo.
O novo modelo promete mais eficiência e menos riscos para investidores e instituições financeiras. Segundo a própria B3, o uso de tecnologias e inteligência artificial será decisivo para tornar os processos mais ágeis e seguros, reduzindo custos e aumentando a competitividade do mercado nacional.
Viviane Basso, vice-presidente de Operações da B3, destaca que a redução da fricção operacional deve beneficiar todo o ecossistema: "O ciclo mais curto traz vantagens em termos de custos e competitividade para o mercado brasileiro".
Como será
Para estruturar a mudança, a B3 criou um Comitê da Indústria, que reúne grandes instituições financeiras e contará com a participação de reguladores e associações do setor em pautas específicas. Esse grupo será responsável por definir prioridades e encaminhar as decisões estratégicas.
Além disso, equipes técnicas vão conduzir estudos e relatórios que servirão de base para o plano de migração. Duas possibilidades estão em análise:
- Fazer a transição de forma faseada, ativo por ativo, como ocorreu na Índia.
- Adotar a mudança em uma única data, modelo seguido pelos Estados Unidos.
O que esperar até 2028
O prazo estendido busca dar tempo para que o mercado ajuste sistemas, realize testes e garanta que a adaptação não gere riscos para emissores ou investidores. Para a B3, a colaboração entre todos os atores do mercado será essencial para o sucesso dessa evolução.
A iniciativa reforça o compromisso da bolsa brasileira em modernizar o mercado de capitais e oferecer mais segurança e confiança a quem investe.
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