O Nubank (NUBR33) disponibilizou o seu primeiro balanço depois da sua abertura inicial de capital. Em suma, a companhia teve um prejuízo líquido de US$ 66,2 milhões no 4T21. Mas o valor é 36,1% menor às perdas de US$ 103,7 milhões vistos no mesmo período de 2020.

Durante o ano de 2021, o total do prejuízo líquido chegou a US$ 165,3 milhões, resultado quase igual ao de 2020 (US$ 166 milhões). Por outro lado, foi pior do que o resultado de 2019 (US$ 67,5 milhões).

Abaixo, confira todos os detalhes do Nubank com relação ao 4º trimestre de 2021.

Resultados do Nubank

De acordo com o relatório divulgado, o Nubank afirma que teve, entre outubro e dezembro, uma receita líquida de US$ 635,9 milhões. O número apresenta uma alta de 224,3% na base anual.

Além disso, a performance da receita com juros e instrumentos financeiros aumentou 390,5% na mesma comparação. E assim, saiu de US$ 89,6 milhões para US$ 439,5 milhões.

O Nubank explica que "Esse aumento foi resultado principalmente do crescimento da receita de juros líquida da carteira de crédito ao consumidor, composta de empréstimos pessoais e cartões de crédito". Além disso, a companhia afirma que a taxa de juros no Brasil também contribuiu para esse aumento.

Ademais, a receita de tarifas e comissões chegou a US$ 196,4 milhões no 4T21, uma elevação de 74,0% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, isso acontece em especial por conta da alta das receitas com tarifas de intercâmbio. E isso, refletiu no aumento do volume de compras com cartões de crédito e débito decorrente do aumento do número de clientes e da taxa de atividade.

No que diz respeito ao número de clientes, o Nubank terminou 2021 com uma base de 53,9 milhões. Desse valor, 52,4 milhões no Brasil, 1,4 milhões no México e 114 mil na Colômbia. O número de clientes brasileiros aumentou 57,8% na base anual, o de mexicanos 1.243%.

Enquanto isso, a carteira de crédito do Nubank chegou a US$ 2 bilhões, quadruplicando na base anual. A receita média mensal por cliente ativo chegou a US$ 5,6 no 4T21, e isso, representa um aumentou de 66,2% no ano. O custo médio mensal de atendimento por cliente ativo ficou em US$ 0,9, diminuição de 22,5%.

Custos financeiros e gastos operacionais

Em suma, o total de custos com serviços financeiros e transacionais chegou em US$ 409 milhões no 4T21. O valor é superior aos US$ 122,2 milhões vistos no mesmo período de 2020.

Houve um aumento dos gastos com juros e outras despesas financeiras, que chegaram a US$ 177 milhões, contra US$ 31,4 milhões no ano anterior. Já os gostos com provisões para a perda de crédito, ficaram em US$ 199,6 milhões, contra US$ 55,7 em 2020.

De acordo com o Nubank,

"O aumento em Juros e Outras Despesas Financeiras foi impulsionado principalmente pelo crescimento das despesas de juros sobre os depósitos de varejo em razão da alta das taxas de juros no Brasil mencionada acima e da expansão do saldo de depósitos de varejo".

Enquanto isso, o aumento das despesas com provisão para as perdas de crédito aconteceu por conta do crescimento do portfólio sujeito a ganho de juros, e à metodologia de provisionamento de perdas de crédito esperadas.

Ademais, a empresa afirma que o "crescimento não veio à custa da qualidade dos ativos". E defende que a inadimplência aumentou somente 0,1 ponto percentual na base trimestral, saindo de 3,4% para 3,5%.

Já as despesas operacionais aumentaram, chegando a US$ 65,8 milhões entre os meses de outubro e dezembro de 2021, contra US$ 28 em 2020. O Nubank diz, porém, que os gastos foram diluídos na comparação com a receita total. E assim, ficaram em 49,6% contra 50,4% no quarto trimestre de 2020.