A Lojas Marisa (com ticker AMAR3), a maior rede de moda feminina e lingerie do Brasil, divulgou o balanço com resultados referentes ao segundo trimestre de 2020 (2T20) no fim desta segunda-feira mostrando um prejuízo líquido de R$ 171,7 milhões "devido principalmente aos impactos da pandemia sobre suas vendas durante todos os meses do período", conforme explica a companhia pelo release publicado. No 1T20, o prejuízo da rede foi de R$ 107 milhões.

Mesmo com a crise, a companhia prevê que "as medidas adotadas para a redução do SG&A de forma estrutural, além de reduzir o impacto nos resultados, devem parcialmente se transformar em ganhos de eficiência para os próximos períodos".

O lucro bruto de varejo registrou R$ 46,425 milhões no 2T20. Já no primeiro trimestre deste ano, o montante bruto chegou a R$ 186,204 milhões, o que mostra uma piora no desempenho da companhia em meio à crise. Na totalidade, o lucro bruto da companhia foi de R$ 57,710 milhões no 2T20.

Por sua vez, a receita líquida de varejo ficou em R$ 149,088 milhões no 2T20 frente ao montante de R$ 417 milhões captado nos três primeiros meses de 2020. Vale mencionar ainda a receita de R$ 542 milhões captada há um ano.

O Ebitda de varejo apresentou um resultado negativo de R$ 117,8 milhões no 2T20, impactado pelas "menores vendas devido ao fechamento parcial do parque de lojas, e menores margens no processo de reabertura", conforme explica a Marisa. Entretanto, o Ebitda ajustado total do 2T20 foi um prejuízo de R$ 66,8 milhões, montante R$ 164,9 milhões a menos do que o obtido no 2T19.

A Lojas Marisa fechou o mês de junho com 241 lojas na ativa, o que representa a 68% do total de 353 unidades da rede. As vendas de varejo totalizaram R$ 149,1 milhões em uma forte queda de -72,5% em relação a esse período do ano passado.

Como resultado do intenso isolamento social imposto durante a quarentena, as vendas na plataforma digital da Marisa cresceram 113,1% no 2T20 e foram "impulsionadas tanto pelo maior tráfego de clientes no ecommerce, quanto pelo rollout do ship from store no período, o qual representou 21,8% das vendas da plataforma no 2T20", conforme explica a companhia.

De outro lado, o resultado de produtos e serviços financeiros da rede saiu do 2T20 em R$ 8 milhões negativos por causa da queda na produção e do aumento das provisões incidentes no período.

A redução das operações caiu sobre as despesas com vendas, estas que totalizaram R$ 124,5 milhões no 2T20 em queda anual de 41,5%. As despesas gerais e administrativas registraram queda de 45% nesse período e ficaram em R$ 22,4 milhões. E já as outras receitas e despesas operacionais bateram em R$ 22,1 milhões negativos, causadas "principalmente por provisões para ajustes em estoque de uso e consumo e ações tributárias", segundo o release.

No fim do pregão desta segunda-feira, 24, a AMAR3 sofria desvalorização de -1,38% e tinha cotação de R$ 7,85.

- Veja os documentos do 2T20 e do 1T20 na íntegra.