Diante da pane que ocorreu na última segunda-feira, dia 4 de outubro, o cofundador do Facebook e principal acionista da empresa, Mark Zuckergerg, perdeu em torno de US$ 6 bilhões. O patrimônio do empresário é de US$ 116,8 bilhões, de acordo com o ranking de bilionários da revista Forbes.

Em função desse acontecido, Zuckerberg caiu uma posição nesse ranking, passando a ser a 6ª pessoa mais rica do mundo (antes ele era o 5º). O líder é o empresário e fundador da Tesla, Elon Musk, que possui US$ 201,2 bilhões. Em seguida, aparecem Jeff Bezos (Amazon), Bernard Arnault (LVMH), Bill Gates (Microsoft) e Larry Ellison (Oracle).

As ações do Facebook caíram quase 5% após a revelação da fonte que vazou documentos internos da empresa no fim de semana e com a queda de serviços em escala global na última tarde.

Denúncias contra o Facebook

A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, de 37 anos, trabalhou como gerente de produtos na companhia, e era responsável por projetos relacionados com eleições. No útlimo domingo, dia 3, em entrevista à emissora CBS News, Haugen revelou sua identidade, e fez a sua denúncia.

A partir dos documentos disponibilizados por ela, o Wall Street Journal elaborou reportagens em setembro, indicando que o Facebook protegia algumas celebridades das regras de conteúdo. Além disso, foram feitas reportagens citando que a empresa sabia que o Instagram é tóxico para os adolescentes, bem como não se preocupou muito sobre as denúncias de seus funcionários, sobre o tráfico de pessoas.

Sendo assim, Haugen acusou o Facebook de "colocar os lucros acima da segurança" e disse que "agiu para ajudar a incentivar mudanças na gigante das mídias sociais, não para despertar raiva".

"O Facebook ganha mais dinheiro quando você consome mais conteúdo. As pessoas gostam de se envolver com coisas que provocam uma reação emocional. E quanto mais você sentir raiva, mais vai interagir, mais vai consumir", disse Haugen.

Desde o mês de setembro, quando o esquema denunciado por Haugen foi exposto, as ações do Facebook, tiveram uma queda de cerca de 10%.

Facebook nega as acusações

No Twitter, o vice-presidente de relações globais do Facebook, Nick Clegg, publicou diversas postagens, e classificou como "caracterizações errôneas" as matérias do Wall Street Journal. De acordo com ele, as acusações são "falsas". Inclusive, afirmou que os documentos vazados foram divulgados sem contexto.

Em entrevista ao G1, o Facebook afirmou que

"Todos os dias, nossas equipes trabalham para proteger a capacidade de bilhões de pessoas de se expressar abertamente e, ao mesmo tempo, manter nossa plataforma um lugar seguro e positivo. Continuamos a fazer melhorias significativas para combater a desinformação e conteúdo prejudicial em nossos serviços. Sugerir que encorajamos conteúdo nocivo e não fazemos nada a respeito simplesmente não é verdade".