Paulo Guedes, ministro da economia, anunciou nesta quarta-feira 19 de agosto, que o governo pode sim prolongar o auxílio emergencial, mas em um valor menor do que os atuais R$ 600 (ou R$ 1.200) pagos nas cinco parcelas até agora liberadas pelo governo.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) confirmou que uma cerimônia será realizada na próxima terça-feira, 25, para anunciar a nova extensão do auxílio.

Em discurso feito no Palácio do Planalto, Guedes mencionou o presidente Jair Bolsonaro, dizendo que o governo estuda como ficará a questão nos próximos meses.

"Estamos estudando isso, presidente estava hoje nos instruindo exatamente para lançar essa camada de preservação aí para frente. Evidentemente não há recursos para pagar os 600 (reais), mas presidente está dizendo ‘olha, vamos tentar fazer o máximo possível dentro dos recursos que temos para ir esticando isso", disse Guedes.

Rodrigo Maia é contra furo no teto de gastos

Nesta quarta-feira (19), durante o mesmo evento no Palácio com Guedes, Bolsonaro, por sua vez, informou a todos que esteve em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para conversar sobre o auxílio emergencial. O presidente da república explicou que continuar com os pagamentos de 600 reais "é muito", pois os recursos geram dívidas para o país, mas que é possível chegar a um valor que dê para apoiar a população entre os próximos meses.

"O Paulo Guedes ou alguém falou, na Economia, em R$ 200. Eu acho que é pouco, mas dá para chegar no meio-termo e nós buscarmos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o fim do ano, de modo que nós consigamos sair desta situação, e fazendo com que os empregos formais e informais voltem à normalidade", citou Bolsonaro.

Ao todo, 64 milhões de brasileiros já receberam o auxilío emergencial, este que termina no mês de agosto com o pagamento da quinta parcela para quem recebeu a primeira parcela em abril.

Segundo Guedes, o pagamento do auxílio emergencial e os saques do FGTS devem alavancar a economia. Conforme disse o ministro; o setor da construção civil, as exportações e os programas de crédito estão distanciando o país da crise.

Sanções do Pese e Peac

Bolsonaro também anunciou nesta quarta-feira a sanção no Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese) que "amplia o teto de faturamento anual das empresas de R$ 10 milhões para R$ 50 milhões; aumenta o prazo de financiamento de dois para até quatro meses, e autoriza organizações da sociedade civil e empregadores rurais a aderirem ao programa", segundo explica o governo em nota.

Vale dizer que o Pese, tendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como operador, foi criado em abril e foi uma das primeiras iniciativas do governo em meio à pandemia da Covid-19.

Já o Peac - Programa Emergencial de Acesso a Crédito, também foi alvo de sanção do presidente da república. Essa lei agora permite que pequenas e médias empresas emprestem até R$ 20 bilhões do Tesouro no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). Outra modalidade criada pelo governo é a Peac Maquininhas, anunciada no dia 20 em edição do Diário Oficial da União, ofertando empréstimo de até R$ 50 mil a microempreendedores individuais, além de micros, pequenas e médias empresas por meio de maquininhas de cartão.