O Bradesco (BBDC4) anunciou a compra da fatia de 49,99% da participação do Banco do Brasil (BBAS3) no banco digital Digio. Até então, o mesmo era controlado pelos dois bancos tradicionais.

Em suma, o Bradesco desembolsou R$ 625 milhões, e a partir disso, se torna o único controlador do negócio. Indiretamente, o banco tem agora, 100% do capital social do Digio. Ademais, isso representa um marco por ser a primeira vez, que as duas instituições desfazem uma das várias parcerias que têm entre si.

A seguir, confira todos os detalhes dessa transição, e de quais os objetivos do Bradesco com essa aquisição. Vale destacar ainda, que um dos braços de negócios do Bradesco, é o next, que também é um banco digital, e oferece produtos semelhantes ao Digio.

Bradesco controla 100% o Digio a partir de agora

O Digio é um banco digital, criado pelo Grupo Elopar, uma holding que surgiu em 2015, a partir de uma parceria entre o Bradesco e o Banco do Brasil. Em suma, o Digio tem 2 milhões de cartões de crédito, bem como oferta contas e crédito pessoal aos seus clientes.

Ademais, o banco tem uma carteira de crédito da ordem de R$ 2,5 bilhões. Sendo assim, a compra do Bradesco é vista como algo positivo. É dito isso, pois está relacionada a estratégia do banco de investir em empresas digitais. Além disso, dessa forma o Bradesco amplia a de forma diversificada, a sua atuação, e atinge variados públicos com diferentes modelos.

Dessa forma, assim que as autoridades regulatórias aprovarem a operação, o Bradesco deve aumentar o seu portfólio de produtos e serviços, de forma a acelerar a expansão de sua base de clientes. Com relação a sua atuação digital, o Bradesco já tem a carteira digital Bitz, e o banco digital Next - o qual chegou a marca de 7 milhões de clientes. Em suma, ele complementa o ecossistema do Bradesco, com soluções de serviços financeiros e não financeiros.

O Digio conta com 2,7 milhões de clientes, sendo a linha a linha de cartões de crédito, o principal diferencial do banco digital. No primeiro semestre, a empresa teve um lucro líquido de R$ 36,7 milhões. A compra acontece em um dos segmentos mais concorridos da economia, com fortes entrantes no setor, como o PagBank, Inter, Nubank e C6 Bank.