A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SC/Cade) aprovou o investimento da Gerdau na companhia Heze I Holding S.A., de propriedade da Shell. A partir dessa operação, as duas empresas devem criar uma joint venture para explorar um parque de geração de energia em Janaúba, Minas Gerais (MG).

Na última sexta-feira, 1º de julho, a Superintendência-Geral aprovou o ato de concentração, sem restrições. Além disso, a Gerdau, que também tem uma atuação direcionada para a geração de energia elétrica, é uma tradicional produtora do Brasil de aço que oferta produtos para uma ampla gama de indústrias e setores econômicos, como construção civil, automotivo, agrícola, energia, industrial e fabril.

Enquanto isso, a Shell é um grupo global de empresas que trabalha na exploração, produção, refino, e comercialização de petróleo e gás natural, além da fabricação e comercialização de produtos químicos, com o mercado direcionado para a geração e comercialização de energia.

Cade aprova criação de joint venture entre Gerdau e Shell

De acordo com os interessados pela operação, o ato de concentração representa uma chance de investimento no mercado brasileiro de produção de energia solar, além da consolidação dos investimentos no setor de energia renovável.

Com isso, a SG concluiu que a opção não apresenta preocupações concorrenciais, já que as empresas apresentam baixas participações nos mercados analisados. As parcelas de mercado, detida pelo Grupo Shell e Grupo Gerdau, na geração de energia elétrica no Brasil é menor que 10%, assim como, no ramo da comercialização de energia. E isso afasta também, possíveis preocupações com a possibilidade de fechamento do mercado.

Caso o Tribunal do Cade não avoque os atos de concentração para a análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral devem ter caráter terminativo. E as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.