Uma conta bancária garante o acesso aos serviços financeiros de forma mais segura e prática. E tendo em vista as constantes transformações do mercado financeiro, poder acessar e controlar a mesma é essencial.

Inclusive, existem muitos casais que possuem uma conta conjunta, tendo em vista que assim, administram o orçamento familiar em um só lugar. Entretanto, é importante estar atento ao que significa, de fato, uma conta conjunta, em que situações ela é indicada e quais os cuidados que se deve ter com a mesma.

Por isso, confira abaixo, tudo que você precisa saber antes de abrir uma conta conjunta com alguém.

O que é uma conta conjunta?

As contas conjuntas são aquelas que contam com mais de um titular. Ao contrário das contas tradicionais nas quais a titularidade é exclusiva de uma pessoa.

Em geral, a titularidade de uma conta conjunta fica entre as pessoas da mesma família (como pais e filhos, ou irmãos, por exemplo), ou casais. Mesmo assim, não é obrigatório nenhum grau de parentesco para pedir a abertura da conta.

Há dois tipos de conta conjunta: a solidária, na qual qualquer um dos titulares pode fazer movimentações financeiras de forma independente. E a simples (não solidária), na qual cada transação depende da autorização de cada um dos nomes vinculados à conta.

Como funciona?

Em diversos pontos, o funcionamento de uma conta conjunta se parece muito a de qualquer outro tipo de conta. Por exemplo: o processo de abertura é muito similar.

Para isso, basta que o interessado vá até o banco, e apresente os documentos necessários para a análise e o início da conta. Além disso, todos precisam ter mais de 18 anos.

Feito isso, a movimentação dos valores pode ocorrer através de cartões, internet, e terminais de autoatendimento. Por outro lado, as contas não solidárias exigem a autorização de todos os titulares.

Ademais, como o nome do primeiro titular é o que aparece nos extratos e comprovantes, os demais podem ter alguns problemas. Eles não poderão em muitos casos usar a conta para ganhar os seus salários, por exemplo, ou informar os dados bancários para pedir a restituição do imposto de renda.

Quais os riscos de abrir uma conta conjunta?

Além da questão do nome citada acima, os principais riscos de uma conta conjunta dizem respeito a confiabilidade em relação a pessoa com quem se divide a titularidade. Seja em um casamento ou em qualquer outro tipo de arranjo familiar.

Assim como qualquer operação que envolve dinheiro, é preciso ter total confiança na outra pessoa. Afinal de contas, você vai ter que compartilhar os seus recursos, bem como todas as informações financeiras sobre a conta.

Além disso, qualquer operação de crédito que ocorre através da conta compartilhada será de responsabilidade de todos os titulares. Sendo assim, isso exige transparência entre os envolvidos.

É necessário pensar também no que será feito caso o casal escolha se separar. Nesse caso, será preciso encerrar a conta, dividir os valores disponíveis, bem como quaisquer pendências existentes naquele momento. E isso, inclui multas e juros por atraso.

E se um titular morrer, a fatia do dinheiro dele vai para o inventário, e é dividido entre os seus herdeiros. E isso é válido mesmo para quem compartilha a conta com o seu cônjuge.

Diante disso, é fundamental pensar sobre a solidez do relacionamento e o quanto cada um está disposto a abrir detalhes da vida financeira ao outro. Em geral, não é raro que as relações sejam abaladas por conta de questionamentos relativos a gastos feitos em uma conta conjunta.

Quais são os cuidados necessários?

Além dos cuidados quanto à confiabilidade da relação com quem se divide a titularidade da conta conjunta, é necessário levar em conta alguns aspectos burocráticos. Sendo assim, tome alguns cuidados para evitar qualquer problema que comprometa os titulares.

A primeira questão a considerar é a declaração do Imposto de Renda. Estamos falando de uma obrigação anual para quem se enquadra nos critérios da Receita Federal. Nesse caso, todos os titulares de uma conta conjunta precisam informar, nas suas declarações, a participação na conta, bem como o saldo sobre o que cada um tem responsabilidade.

Para isso, é necessário ter em mãos, os dados da conta, da instituição financeira, e o informe de rendimentos daquele ano. O banco libera o documento anualmente, e embora venha no nome do primeiro titular, serve aos demais sem problema.

Por outro lado, se um dos titulares é isento, e não manda a declaração, todo o saldo precisa ser informado na declaração de quem deve acertar as contas com a Receita.

Ademais, fique de olho quando o saldo da conta conjunta atua como reserva financeira, ou para investimentos. Em vários casos, há melhores opções para esse fim, e que não envolvam o compartilhamento da conta. Isso ajuda não somente a organização dos aportes, como também a divisão do valor disponível caso seja necessário.

Afinal, quando realmente vale a pena abrir uma conta conjunta?

Quem compartilha uma vida conjunta, ou até mesmo certos objetivos específicos, a conta conjunta pode ser uma alternativa interessante. É dito isso, pois ela facilita o acompanhamento da tarefa. Assim, é possível distribuir as responsabilidades em relação às transações.

Além disso, a conta conjunta possibilita uma visão ampla do planejamento financeiro do casal, da família, ou da empresa. Desde que todo mundo esteja de acordo sobre ter transparência, a tendência é dar certo. Por outro lado, nada impede que cada um dos titulares tenha a sua própria conta de forma separada.

Ademais, a conta conjunta pode trazer uma economia importante sobre as tarifas bancárias. A depender do pacote de serviço que contratar ou do volume de transações que ocorre por mês, deixar de gastar com taxas para concentrar tudo em uma conta, representa um alívio ao seu bolso.

Vale ressaltar ainda, que uma conta conjunta traz vantagens e desvantagens, que precisam de avaliação, considerando cada contexto. De todo modo, o que mais importa é a sua segurança em dividir a sua vida financeira com outra pessoa, e de que forma isso interfere na relação de vocês.