É comum a gente ver dicas de cuidados para serem tomados ao usar o cartão de crédito. Inclusive, muitas pessoas acham que o cartão de crédito é mais perigoso para as finanças porque ele funciona, de certa forma, como um empréstimo, já que o dono do cartão paga suas compras com um dinheiro que ainda não recebeu.

Porém, o cartão de débito também pode ter seus riscos se mal utilizado, sabia?

Pensando nisso, o banco Inter elaborou um material, apresentando uma série de cuidados para quem utiliza a função débito regularmente e a gente traz essas dicas aqui pra vocês. Confira abaixo:

Como funciona a função débito?

Antes de tudo, porém, vamos lembrar que o cartão de débito é um meio de pagamento ligado à sua conta, seja ela poupança ou corrente. Isso significa que ao fazer uma compra, o valor da será debitado do saldo, quase instantaneamente, por meio de uma comunicação feita entre a empresa adquirente (maquininha de cartão) e sua instituição financeira.

E essa é a principal diferença entre o débito e o crédito, já que no crédito, você faz uma espécie de empréstimo, como já dito acima, com base em um limite pré-definido. No crédito, em geral, o cliente tem cerca de 40 dias para pagar enquanto no débito o pagamento é imediato. O cartão, nesse caso, apenas substitui o dinheiro vivo.

Cuidados fundamentais para usar a função débito

Então, sabendo o que é e como funciona o cartão de débito, vamos agora às dicas de cuidados para ser ter ao utilizá-lo.

1. Acompanhe seu extrato com regularidade

Como o valor das compras sempre é debitado da conta, ter saldo nela é fundamental para que as compras no débito sejam aprovadas, o que vai demandar um controle rígido das finanças.

Pode acontecer de esquecer que tinha um débito automático cadastrado ou daquele Pix que feito para um amigo, e por uma diferença pequena de valor ter a compra reprovada.

Para evitar a reprovação (e, de certa forma, o constrangimento), é importante criar o hábito de acompanhar todas as movimentações da conta: os pagamentos que entram, o dinheiro que sai e os lançamentos futuros como contas programadas, etc.

2. Evite o cheque especial

No cheque especial os clientes têm um limite de crédito pré-aprovado, e, cada vez que a conta fica sem saldo esse limite é acionado para compor o valor de uma compra. Por ser uma modalidade emergencial de crédito, conta com uma taxa de juros diária, podendo chegar a 150% ao ano. Muito cara, não?

Muitas instituições financeiras oferecem o serviço no pacote de contratação da conta corrente. Por causa disso, as pessoas entram no cheque especial sem nem perceber ou desconhecem que é preciso desativá-lo. É preciso ter cuidado.

3. Ative as notificações de uso

Via de regra, não é simples fraudar um cartão de débito, pois eles quase não são aceitos para compras online. Mesmo assim, existem situações em que o cartão de débito pode ser usado sem seu consentimento, como compras por aproximação.

Sendo assim, as notificações podem ser úteis para identificar as compras que não foram feitas por você e te alertar para um possível bloqueio do cartão.

Por falar em compras por aproximação, lembramos que é possível desativar a função e que dá para solicitar novos limites de valores para sua instituição, caso não sinta segurança em fazer pagamentos sem a senha.

4. Reserve uma quantia para gastar no débito todo mês

O fato de você ter o saldo em conta, não significa que você precisa gastá-lo por completo! Esse dinheiro pode ser usado para compor uma reserva para emergência ou para fazer um investimento, visando um projeto a longo prazo.

Em outras palavras, as compras no débito também precisam ser planejadas.

Para isso, você pode usar, por exemplo, a regra 50, 30, 20, que funciona da seguinte forma:

  • 50% da sua renda vai para as despesas obrigatórias e fixas como aluguel, conta de luz, mensalidade da faculdade etc;
  • 30% vão para desejos pessoais e gastos com bens de consumo; e
  • 20% é reservado para pagar dívidas ou investir.

Mas você também pode ficar à vontade para encontrar outras metodologias mais compatíveis com a sua renda. O importante é que os gastos no débito não saiam do controle, pois o dinheiro mal-usado pode fazer muita falta em um outro momento.