Um novo golpe está ganhando força em Minas Gerais. Apenas nas últimas duas semanas pelo menos 3 casos foram registrados, segundo a polícia no Estado. Nesse crime, os criminosos se passam por atendentes de banco e questionam a vítima sobre uma possível compra feita em outra cidade, para depois, conseguirem os dados pessoais.

Após acontecer em Ipatinga e em Coronel Fabriciano há 14 dias, o novo caso foi registrado em Araxá, no último dia 12 de março. Na cidade do Alto Paranaíba, um homem de 49 anos relatou aos policiais que ganhou uma ligação de um número com o DDD 048 de um suposto atendente que perguntou sobre uma compra na cidade de Poços de Caldas no valor de R$ 1.800.

A partir da negativa, o criminoso informou à vítima, um número de protocolo. Logo após, ele recebeu uma nova ligação de alguém se passando por um representante do banco Itaú, que possuía conhecimento de seus dados, "sendo a vítima induzida a crer que realmente o contato era do banco".

Conforme o boletim de ocorrência, o criminoso que se passou por funcionário do banco pediu para que a vítima digitasse a sua senha pelo telefone. Logo depois, pediu para entrar no app do banco pelo celular. Em seguida, era necessário deixar o app aberto por 3 minutos, enquanto o funcionário faria um boletim de ocorrência com a Polícia Civil.

Foi então que a vítima percebeu que era um golpe, e que havia sido retirado da sua conta o valor de R$ 2.800. A partir disso, ele foi até a agência, e confirmou o golpe.

Febraban alerta clientes sobre o novo golpe

Em sua página antifraude, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lista os principais golpes aplicados em nome de instituições financeiras. O "golpe da falsa central de atendimento", como é chamado, está no topo da lista da instituição.

Segundo a federação, o criminoso entra em contato com a vítima, e finge ser um funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. E assim, o criminoso diz que a conta da vítima foi invadida, clonada ou outro problema. A partir disso, pede os dados pessoais e financeiros da vítima.

Além disso, o criminoso pode também pedir para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão. Entretanto, o fraudador segue na linha para simular o atendimento da central, pedir os dados da conta, dos cartões e, o mais importante: a senha da vítima.

Ademais, para evitar cair no golpe, a Febraban pede que o cliente desconfie se receber esse tipo de contato. Em seguida, é importante entrar em contato com a instituição, por meio dos canais oficiais, para saber se ocorreu algo com a sua conta.

Paralelo a isso, a federação afirma que o banco não liga para o cliente pedindo senha, nem o número do cartão. Além disso, os bancos também não ligam pedindo uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.