Como todo investidor deve saber: diversificar os seus investimentos é fundamental. Em suma, isso é ainda mais importante diante da turbulência política e econômica em que o Brasil vive hoje.

No Brasil, à medida que o mercado se aperfeiçoa, aumenta a necessidade de investimentos alternativos. Exemplo disso, é quem investe em royalties de música. Você já ouviu falar? Esse é mais um tipo de investimento que pode render um retorno interessante.

Ao menos é o que afirma Arthur Farache, CEO e sócio da Hurst Capital. A empresa é uma das plataformas que oferecem esse tipo de investimento. Em apenas 19 operações, a empresa já captou R$ 12 milhões. Abaixo, confira todos os detalhes.

Investimento em royalties musicais rende até 17% ao ano

De acordo com Farache, o retorno médio do investimento em royalties musicais é de em torno de 15% ao ano. Entretanto, a aplicação pode render mais, dependendo, obviamente, do sucesso do músico ou do compositor. Ou seja, quanto mais a música é escutada, mais o investidor ganha.

"Temos dois grandes cases de sucesso, como uma das operações do Luiz Avellar, grande compositor e trilheiro brasileiro, com TIR esperada de 16,19% a.a. e uma das operações do Cecilio Nena, compositor de grandes sucessos do sertanejo, como ‘Temporal do Amor’ e ‘Dou a vida por um beijo’, com TIR esperada de 17,7% a.a. Ambas as operações estão rendendo para os investidores mais do que o esperado no cenário base do investimento", explica Farache.

Ademais, outras plataformas que também negociam os royalties são a Brodr Music, que vende NFTs, e a Adaggio, que levantou R$ 60 milhões para conseguir parte dos direitos de músicas da banda Mamonas Assassinas.

Dentre os artistas da gestora, estão Legião Urbana, Molejo, Novos Baianos e Ana Carolina. Em 2021, a companhia firmou uma parceria com Dado Villa-Lobos, Jorge Aragão e Délcio Luiz.

Como funciona?

Farache afirma que as operações de royalties musicais começaram através de um contrato direto entre o originador e o artista detentor dos direitos de autores. Segundo os números do Ecad, há no Brasil, 808 editoras e 90 gravadoras em atuação.

"É através desses dois agentes que a Hurst negocia recebíveis de royalties de execução pública e em streaming para estruturar suas operações, de forma a comprar toda uma carteira de ativos e não apenas uma pequena quantidade de músicas avulsas, promovendo assim a diversificação desses portfólios", diz.

Dessa forma, cada execução de uma das músicas que compõem a carteira, seja via streaming ou em público, será contabilizada ao pagamento dos royalties à agregadora ou ao Ecad, dependendo do modo de distribuição.

De acordo com Farache, "quando o pagamento for repassado para a agregadora ou para o Ecad, o recebível é pago para a Hurst e repassado aos investidores participantes da rodada". Por fim, o aporte mínimo para se investir pela plataforma é de R$ 10 mil.