A holding Itaúsa, dona das ações ITSA3 e ITSA4, anunciou um pagamento de proventos na noite dessa segunda-feira, 15 de agosto. Serão distribuídos juros sobre o capital próprio (JCPs) no dia 30 de agosto de 2022.

Os juros sobre o capital próprio serão no valor de R$ 0,12367 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,1051195 por ação. A exceção é para os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos.

Detalhes dos proventos

Dentro desse valor de R$ 0,12367 por ação estão incluídos os seguintes valores:

  • R$ 0,11337 por ação (líquido de R$ 0,0963645 por ação), declarados em 21 de março de 2022, tendo como data-base a posição acionária final do dia 24 de março 2022; e
  • R$ 0,01030 por ação (líquido de R$ 0,0087550 por ação), declarados nesta data, tendo como data-base a posição acionária final do dia 18 de agosto de 2022.

Proventos para 2023

Além disso, a Itaúsa também informou que vai pagar, até 29 de dezembro de 2023, juros sobre o capital próprio adicionais declarados também nesta data no valor de R$ 0,0494 por ação.

Sob esse valor há retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,04199 por ação. A data-base para receber esses proventos também é o dia 18 de agosto de 2022.

Itaúsa divulga resultados

A Itaúsa também divulgou seus resultado trimestrais, referentes ao segunto trimestre de 2022, nessa segunda-feira, dia 15. Entre os destaques do relatório estão o Lucro Líquido Recorrente de R$ 3 bilhões registrado, uma alta de 5,5% na comparação com o 2T2.

No relatório da Administração, a companhia destacou a aquicisão da CCR e a alienação da XP Inc. como transações que tiveram papeis importantes no período e que contribuíram para os resultados.

Em termos de desempenho operacional, resultado recorrente proveniente das empresas investidas, refletido na Itaúsa no 2T22, foi de R$ 3.302 milhões, aumento de 12% em relação ao 2T21, fruto da performance de suas empresas investidas.

Veja um resumo na imagem abaixo:

Créditos: Reprodução/Itaúsa
Créditos: Reprodução/Itaúsa

O Itaú Unibanco, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, reportou melhor mix de receitas com evoluções em margem financeira com clientes, receitas de serviços e receitas de seguros, em detrimento à margem financeira com mercado que apresentou redução no período, as quais foram parcialmente compensadas, principalmente, por maior despesa com perdas esperadas com operações de crédito.

Já a Alpargatas e a Dexco tiveram incremento de receita, com destaque para suas estratégias comerciais e modelos eficientes de gestão, que compensaram parcialmente a desaceleração de demanda e a forte pressão inflacionária e alta dos juros.

Em termos de resultado próprio, as Despesas Administrativas totalizaram R$ 47 milhões no 2T22, aumento de 40% em relação aos R$ 33 milhões do mesmo período do ano anterior como reflexo, principalmente, de despesas relacionadas a assessorias em projetos de novos negócios, iniciativas de TI com foco em segurança da informação, além da normalização dos honorários da administração em decorrência da eleição dos conselheiros independentes em maio de 2021.

As Despesas Tributárias atingiram R$ 78 milhões no 2T22, aumento de 45% em relação aos R$ 54 milhões do 2T21. Tais despesas refletem, essencialmente, os impostos de PIS/COFINS em função das declarações de JCP realizadas pelo Itaú Unibanco no período.

O Resultado Financeiro, por sua vez, atingiu R$ 138 milhões negativos no 2T22, ante R$ 19 milhões negativos no 2T21. O aumento de R$ 120 milhões decorreu, principalmente, por aumento das despesas com juros em função da maior taxa básica no período, além das despesas com os juros da 4ª emissão de debêntures, ocorrida em junho de 2021, que financiou a aquisição de participação na Aegea, parcialmente compensados pela maior rentabilidade do caixa.

- O relatório completo do 2T22 da Itaúsa pode ser conferido clicando aqui.

Ações ITAS3 e ITSA4

No primeiro semestre de 2022 as ações ITSA3 (ordinárias) da Itaúsa, tiveram uma queda de 4,11%, encerrando o mês de junho, sendo negociadas a R$ 8,86 cada. De lá pra cá, porém, as ações já tiveram nova alta, de forma que nessa terça-feira, 16 de agosto, a alta na cotação delas seja de 3,70%, com cada uma sendo negociada a R$ 9,53. No acumulado do ano são R$ 0,34 de alta por ação.

Situação muito parecida acontece com as ações ITSA4 (preferenciais). Elas também tiveram uma queda de 7,54% nos primeiros seis meses do ano, fechando o período com um preço de R$ 8,34. Agora, porém, já estão custam R$ 9,43, o que representa uma alta de 4,55% no ano, ou R$ 0,41 por ação.