A JBS (JBSS3) finalmente estuda como conseguir a listagem de suas ações na Bolsa de Nova Iorque (NYSE). Isso deve acontecer, depois de constantes adiamentos, seja por causa da pandemia, seja por critérios ESG, indefinição sobre a estrutura de negócio ou implicações fiscais.

Entretanto, a JBS deve dispensar as operações no Brasil. Os dados são do relatório encaminhado pelo BTG Pactual aos seus clientes, no dia 9 de dezembro. O relatório tem a assinatura do diretor financeiro Guilherme Cavalcanti, e da diretora de Relações com Investidores, Christiane Assis.

Diante disso, confira abaixo, os principais detalhes do detalhe encaminhado pelo BTG Pactual aos seus clientes, referente ao JBS.

JBS (JBSS3) se prepara para IPO na NYSE, mas quer driblar ESG

Em suma, o preço-alvo para as ações da JBS foi elevado pelo BTG Pactual de R$ 45 para R$ 50. A recomendação da compra foi reiterada.

De acordo com os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, a estimativa da administração da JBS é de "reiniciar o processo de listagem em 2022 e ainda vê a conclusão desse processo até o final do ano como viável".

Ademais, "há possíveis mudanças sendo avaliadas em sua estrutura, incluindo a inclusão ou não das operações de carne bovina no Brasil na potencial entidade listada nos Estados Unidos".

Segundo Duarte e Bustolin, "nesta estrutura, a JBS driblaria algumas das resistências ESG em vigor, mas isso é algo que a empresa já está abordando agressivamente por meio de sua meta zero de carbono e iniciativas de impedir o desmatamento".

Ao mesmo tempo, os analistas afirmam que o avanço da discussão sobre as reformas tributárias em diversas partes do globo - no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na Europa - há a chance de a questão da ESG ser vista como ‘risco potencial’ , ao invés de servir como ‘cenário-base’.