A Eneva (ENEV3) anunciou na noite da última segunda-feira, 21 de março, os seus resultados financeiros referentes ao 4º trimestre de 2021. Em suma, a companhia reportou um lucro líquido de R$ 489,4 milhões no período. Sendo assim, ocorreu uma redução de 28,7% na comparação com o mesmo período de 2020.

De acordo com a companhia, a diminuição do lucro se deu por conta da elevação "da despesa financeira líquida no 4T21 e da constituição extraordinária de ativo fiscal diferido ocorrida no 4T20 que não se repetiu no 4T21, levando a um aumento nas despesas com impostos no 4T21" explicou a empresa em comunicado.

Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 4º trimestre de 2021.

Resultados financeiros da Eneva

Em suma, o ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 859,7 milhões. Dessa forma, houve um aumento de 39,9%. De acordo com a companhia esse foi o maior Ebitda trimestral da história da Eneva.

O aumento aconteceu, em especial, pela alta expressiva dos CVUs das usinas a carvão e da UTE Parnaíba I, pelo aumento das margens fixas das usinas e pela reversão de impairment feita em Itaqui.

Já a receita operacional líquida chegou a R$ 1,68 bilhões. Ou seja, houve uma alta de 37,5%. Enquanto isso, a companhia alcançou um resultado financeiro líquido negativo de R$ 152,2 milhões, comparado ao resultado negativo de R$ 74,3 milhões no 4T20.

De acordo com a Eneva,

"A piora aconteceu após a empresa aumentar as despesas com juros sobre debêntures, devido à elevação do CDI; impacto negativo da desvalorização do real frente ao dólar nas operações de compra de carvão e em pagamentos de contratos indexados à moeda estrangeira; e impacto referente à mudança de tratamento contábil acerca da marcação a mercado dos contratos futuros de comercialização de energia, que passaram a ser classificados como operacionais a partir de 2021".

Por outro lado, a posição de caixa e equivalentes de R$ 1,7 bilhão no final do 4T21 e alavancagem foi de 2,8x. Também foram certificados 6,88 bilhões de m³ de novas reservas (2P) de gás, referentes a dezembro de 2021, sendo 5,60 bilhões de m³ na Bacia do Parnaíba, com a incorporação das novas reservas do Campo Gavião Belo, e 1,28 bilhões de m³ na Bacia do Amazonas, com a comprovação da extensão do campo de Azulão.

Ao considerar a produção anual acumulada de 2,15 bilhões de m³, a taxa de recomposição de reservas considerando Parnaíba e Azulão, chegou a 321%. Já a taxa de recomposição de reservas do Parnaíba foi de 264%;

Por fim, no que diz respeito à dívida líquida, a mesma chegou a R$ 6,2 bilhões. O valor é 18,8% maior que o encontrado no 4T20, quando o índice chegou a R$ 5,2 bilhões.