Em videoconferência realizada no dia 9 de julho, quinta-feira, representantes do Grupo Hapvida (HAPV3) conversaram com a equipe de investimento do Banco Safra. Os executivos debateram, entre outros temas, sobre o projeto de crescimento orgânico da empresa.

Atualmente, a Hapvida é uma das maiores prestadoras de serviços de saúde no Brasil, ultrapassando quatro milhões de usuários ativos, e atuando há mais de 20 anos no setor de odontologia.

O diretor-financeiro da Hapvida, Bruno Cals, e o diretor de Relações com Investidores, Guilherme Nahuz, em dado momento da videoconferência, afirmam que o crescimento orgânico da Hapvida poderia ser acelerado pela ampliação de um mercado mais endereçável, considerando nisso também a pouca participação de mercado das empresas adquiridas pelo grupo.

Safra prevê preço-alvo de aproximadamente R$ 80

A Hapvida havia anunciado a suspensão em março de novas aquisições de empresas e investimentos em alguns projetos para a ampliação do crescimento econômico por causa da pandemia. Mas durante a videoconferência, foi anunciado que novas compras e fusões de empresas não estão mais descartadas no momento atual, com forte expansão no ramo de saúde.

No entanto, os diretores contaram ao público também que a Covid-19 não atrapalhou a integração das empresas recém-adquiridas, tampouco prestação de serviços de saúde. Desta forma, o Banco Safra afirma que "não existe uma mudança significante em termos de precificação das ações" e segue apostando num preço-alvo das ações de Hapvida a R$ 80,20 até fim de 2020, acreditando em um desempenho acima da média do mercado.

Bons resultados previstos em todo o país

O Grupo Hapvida predomina na região norte e nordeste do país; mas o banco Safra também tem altas expectativas para o desempenho de longo prazo do empreendimento nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.

"A companhia possui uma participação de mercado de 2,4% nessas regiões, o que corresponde a 83% do total de membros de planos de saúde privados contra 32% de market share no Norte e no Nordeste, que engloba 17% de todo o mercado", argumentaram os diretores.