A locadora de carros Movida (MOVI3) teve um lucro líquido ajustado de R$ 259,4 milhões no terceiro trimestre de 2021 (3T21), o que fica 7 vezes acima do resultado obtido no mesmo período de 2020; é uma alta de 597,3%, segundo o relatório divulgado pela empresa na quarta-feira, 27 de outubro.

A Movida explicou que o aumento anual no lucro líquido foi impactado principalmente pela estratégia de expandir e renovar a frota de veículos durante a pandemia de covid-19, por sinergias vindas da incorporação com a CS Frotas, bem como por crescimento nas linhas Movida Zero Km e gestão e terceirização de frotas (GTF) e por melhorias nas operações como um todo.

"Os resultados do terceiro trimestre de 2021 marcam a criação de bases sustentáveis, tanto nas operações de aluguel quanto na venda de Seminovos. A começar pela nossa escala, com a finalização da incorporação da CS Frotas a partir de agosto chegamos à marca de 168 mil carros em nossa frota total - um crescimento de 55% em relação ao 3T20", disse a administração da Movida pelo relatório divulgado.

Nos primeiros nove meses de 2021 (9M21), a Movida registrou lucro líquido ajustado de R$ 542,8 milhões, sendo um crescimento de 472% em relação ao mesmo período de 2020.

Receitas da Movida no 3T21

Com uma frota de 168.267 veículos no mês de setembro, a Movida registrou uma receita líquida de R$ 1,575 bilhão no terceiro trimestre de 2021 (3T21), sendo uma alta anual de 52,1%.

O destaque foi da linha de aluguel que saltou 85% no 3T21, gerando uma receita de R$ 730,6 milhões. Assim, a receita de venda de ativos totalizou R$ 844,6 milhões no 3º trimestre de 2021, com disparo de 31%, segundo o relatório.

Por sua vez, a receita líquida do Aluguel de Carros (RAC) atingiu R$ 443,3 milhões no 3T21, o que representa uma alta de 64,2% em relação ao mesmo período de 2020, "em função principalmente: da expansão de 17,5% da frota, que consequentemente contribuiu para o crescimento de 18,8% no número de diárias, refletindo também a retomada de traslados e viagens pós-pandemia; e do aumento do valor de diária média por carro, que atingiu R$ 96,4 no 3T21", explica a empresa.

Outros destaques do 3T21

Segundo o relatório, o ebitda ajustado da Movida foi de R$ 233,1 milhões no 3T21, o que significa alta de 94,1% frente ao terceiro trimestre de 2020. Nesse intervalo, a margem ebitda cresceu 8,1 pontos percentuais, para 52,6%.

Também mostrando crescimento, o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) da Movida registrou alta de 5,9 pontos percentuais (p.p.) no último ano, atingindo 13,6% no 3T21.

De outro lado, o resultado financeiro do 3T21 foi uma despesa no montante de R$ 132,7 milhões, ante um resultado negativo de R$ 37,4 milhões no terceiro trimestre de 2020. Segundo a Movida, a piora no resultado financeiro foi causada principalmente por aumento na dívida líquida da empresa no período, de R$ 3,3 bilhões, pela acentuada alta na taxa selic de 4,65% para 6,25%.

A dívida bruta da Movida cresceu para R$ 13,724 bilhões. Após recursos captados, em setembro a Movida possuía uma dívida líquida de R$ 5,547 bilhões, do total. Com isso, a "alavancagem, medida pela dívida líquida/EBITDA, ficou em 2,9x no 3T21, refletindo o forte resultado operacional frente ao aumento do endividamento", explica a empresa.

Cotação da Movida - MOVI3

Durante o terceiro trimestre, as ações da Movida (MOVI3), listadas na bolsa de valores brasileira desde 2017, registraram uma baixa acumuada de 13%. Segundo os registros do site Fundamentus, a MOVI3 vê atualmente desvalorização de 22,04% em 2021.

De outro lado, no dia da divulgação dos resultados do 3T21, as ações MOVI3 da Movida tiveram alta de 3,74% em 27 de outubro, com cotação de R$ 15,82 cada.