A gigante italiana Enel apresentou uma proposta visando à compra da rede de fibra óptica (a chamada Infra Co.) da Oi (OIBR3), esta que se encontra em recuperação judicial desde 2016.

De acordo com informações publicadas pela revista Exame, o valor da proposta feita pela Enel é de R$ 11,5 bilhões, de forma que essa quantia representa o aporte mínimo exigido para a compra da Infra Co. e seria dividida pela Oi "em 6,5 bilhões de reais por 51% das ações ordinárias da companhia de fibra e mais uma capitalização de 5 bilhões de reais no negócio", com os R$ 2,4 bilhões restantes reservados para o pagamento de dívidas com credores.

A Enel é uma multinacional e distribuidora de energia elétrica nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e no Ceará, tendo mais de 17 milhões de clientes; além de também atuar no ramo de gás natural.

Com o comando da Infra Co, a italiana teria mais facilidade em realizar algumas de suas operações. Ainda conforme a revista Exame, em tese, a união da rede de energia elétrica com a rede de fibra facilitaria o acesso aos clientes pelos postes comandados pela Enel.

Empresas e fundos querem a Infra Co da Oi

Muitos estão interessados na rede de fibra óptica da Oi, além da Enel, entre os anunciados estão; a empresa Highline, e o banco BTG por meio de fundos de infraestruturas.

Vale dizer que a Highline também se interessa por uma unidade de torres da Oi e já realizou oferta de R$ 1,08 bilhão à tele brasileira.

O BTG entrou com proposta para compra de 51% da Infra Co, o que faria do sócio do banco, Amos Genish, o presidente do conselho de administração e executivo da Infra Co; tornando a Oi minoritária.

Além disso, a agência Bloomberg de notícias) anunciou ao mercado que o fundo canadense Brookfield Asset Management e o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), uma corporação gestora de investimentos, também têm interesse na Infra Co.

Todas as entidades enviaram suas propostas à Oi no dia 23 de julho para análise. A brasileira liberou apenas para elas quem foram os selecionados para a próxima etapa; que terão acesso aos documentos da empresa e darão garantia de compra, isto é, registrarão uma oferta vinculante.

Telefônica e Tim também colocam à venda sua rede de infraestrutura

As empresas de telecomunicação podem vender o acesso a suas infraestruturas entre si ou para companhias concorrentes menores. Visto isso, a telefônica (VIVT4), dona da Vivo, e a Tim (TIMP3) ofertaram parte de suas respectivas redes de infraestrutura.

De um lado, a telefônica oferta 50% de seu empreendimento fora de São Paulo, de forma a ainda permanecer na gestão; e na outra ponta está a Tim que possui contratos de confidencialidade com supostos interessados na rede, mas ainda não há modelo estabelecido. Vale dizer que a Oi é a única a incluir o controle da infraestrutura no pacote.