A Oi (OIBR3/OIBR4) anunciou que seu Conselho de Administração aprovou na segunda-feira, 17 de outubro, a proposta de grupamento da totalidade das ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia, na proporção de 50 para 1.

Após concretizar o anúncio, as ações da Oi desabaram na bolsa de valores. Segundo os registros, a OIBR3 caiu 11% e a OIBR4 caiu 9,88% nesta terça-feira, 18 de outubro.

Em novembro, após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar a Oi de risco substancial (CCC+) para muito alto (CC), as ações derreteram mais um pouco na B3. Até a atualização desta matéria, a OIBR3 caía 3,85% para R$ 0,25.

Segundo o documento divulgado, a proposta de grupamento será apresentada e deliberada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), com acionistas, na data prevista de 18 de novembro de 2022.

O grupamento de ações proposto faz parte do movimento da Oi para aderir procedimentos que consigam enquadrar a cotação da ação, que hoje é negociada na casa de centavos, acima de R$ 1,00.

"Além de adequar as cotações das ações da Companhia aos referidos Regulamento e Manual, a implementação do grupamento viabilizará um mercado secundário mais saudável e justo, objetivo almejado pela própria regra da B3", explica a Oi.

"O grupamento permitirá também que as ações da Companhia voltem a atender um dos critérios para que sejam elegíveis à composição de índices de mercado, como o índice Bovespa", disse a Oi.

Por sua vez, a bolsa de valores brasileira (B3) havia emitido um comunicado de aviso com prazo até 1º de setembro desse ano para que a Oi apresentasse os procedimentos e cronograma para enquadrar a cotação das ações OIBR em valor igual ou superior a R$ 1,00.

Em resposta à B3, a Oi antecipou que faria a apresentação da proposta do grupamento das ações ao Conselho de Adminstração, para posterior deliberação de acionistas ainda em 2022.

Grupamento de ações da Oi (OIBR3): o que muda para os acionistas?

Como dio acima, a Oi apresentou uma proposta de grupamento de 50 ações em 1. A operação vale tanto para ações ordinárias (OIBR3) quanto preferenciais (OIBR4). A operação em si só será realizada após aprovação dos acionisas na AGE.

Dessa forma, cada lote de 50 ações da companhia, formaria uma única ação da mesma espécie.

Permanecem os direitos do acionista, que contaria com um novo cenário da cotação da Oi. Por exemplo, com o preço da cotação desta terça-feira, quando a OIBR3 fechou cotada a R$ 0,32, a nova realidade da empresa seria uma cotação de R$ 16 (0,32 x 50). Já a OIBR4 viria para R$ 36,50.

Por sua vez, a Oi também teria uma mudança em seu capital social, que passaria a ser dividido de 6.603.037.459 bilhões de ações para 132.060.748 milhões de ações.

"Informações adicionais sobre os prazos e condições para o ajuste das posições decorrentes do grupamento e sobre os leilões das frações e disponibilização dos recursos deles resultantes serão divulgadas oportunamente, por meio de Aviso aos Acionistas, após a realização da AGE", explica a Oi.

Oi segue em recuperação judicial

A Oi passou por etapas importantes nos últimos meses. Segundo a empresa, no segundo trimestre, especialmente, houve conclusão das principais operações previstas na recuperação jucidial, sendo a venda da unidade de ativos móveis ao trio formado por Tim, Claro e Vivo, bem como a venda parcial da unidade de fibra óptica InfraCo.

Os recursos dessas transações, segundo a Oi informou recentemente, foram usados para o pagamento de dívidas.