Durante uma teleconferência sobre os resultados do 1º trimestre de 2022, os os executivos da Operadora Oi afirmaram esperar o fim da recuperação judicial dentro de poucas semanas. A conclusão depende da sentença do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

Depois da aprovação do fim da recuperação judicial, a Oi disse que espera focar mais nos seus novos negócios. E assim, deve se desprender judicialmente das amarras estipuladas pela Justiça, além de trabalhar o reposicionamento da nova marca.

De acordo com Cristiane Barretto Sales, CFO da Oi,

"Em relação aos pagamentos bancários, estamos trabalhando em nossa liquidez para alcançar o caixa mínimo que nós precisamos ter até dezembro. Precisamos de alguns meses para finalizar as discussões em relação a venda da Oi Móvel e da InfraCo, para ver se haverá algum ajuste de preço que reduza nossa liquidez".

Oi pretende focar em investimentos

Com o fim da recuperação judicial, estimado para as próximas semanas, Rogério Takayanagi, diretor de Estratégia e Experiência do Cliente, disse que a Oi vai focar em investimentos no novo core business.

Além disso, ele falou que a empresa deve surfar, se conseguir ainda, "largar os sistemas de concessão para passar para um sistema de autorização", com desconto em sua margem Ebitda e também focando seu capex para o serviço de fibra.

Ademais, durante a apresentação do balanço, os executivos também afirmaram falaram sobre as novidades no portfólio. De acordo com Takayanagi, a oi_fibra X, lançada no 1º trimestre de 2022, vai focar em entregar qualidade de conexão em todos os cômodos de uma casa.

E assim, deve evitar problemas de conectividade WiFi e mirar na "internet das coisas". Por outro lado, a Oi espera avançar na venda dos seus ativos de TV para a Sky, tendo já começado a troca de documentos - isso dentro das definições impostas pela recuperação judicial.

"Desde o início, nossa ideia no plano de recuperação é que essa transação neutralize os nossos gastos com a contratação de satélites. Projetamos algo próximo a R$ 20 milhões", disse Rogério Takayanagi, Diretor de Estratégia e Experiência do Cliente. "É um negócio complicado, que exige escala e investimento".