A partir dessa sexta-feira, 12 de agosto, a Petrobras passará a cobrar R$ 0,22 a menos no preço médio do diesel A comercializado para as distribuidoras. O anúncio foi feito nessa quinta-feira, dia 11 de agosto. É o segundo aumento em 7 dias. Na sexta-feira passada, uma redução de R$ 0,20 já aconteceu.

Agora o valor que na semana passada já baixou de R$ 5,61 para R$ 5,41 passará de R$ 5,41 para R$ 5,19 por litro. Isso corresponde a 4,06% de baixa nessa semana. Considerando a redução da semana passada também são 7,48% a menos. Ainda assim, o preço do diesel está mais caro do que estava no início de 2022.

Como deve ficar o preço?

Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,87, em média, para R$ 4,67 a cada litro vendido na bomba.

Sobre esse valor ainda incide o valor do Biodisel, que corresponde a cerca de R$ 0,62, outros R$ 0,92 relacionados a distribuição e revenda e R$ 0,91 relacionados ao imposto estadual. Assim, o preço médio deve ficar em cerca de R$ 7,12 na bomba.

Segundo a Petrobras "essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio".

Política de preços da Petrobras

Atualmente a Petrobras usa o Preço de Paridade de Importação (PPI) para definir o valor que cobrará dos distribuidores. Ele considera o preço dos combustíveis praticado no mercado internacional, os custos logísticos de trazê-los ao Brasil e uma margem para remunerar os riscos da operação. Como o preço no mercado internacional é em dólar, a cotação da moeda também influencia o cálculo.

Essa fórmula foi adotada a partir de 2016, no governo Michel Temer. Nos governos Lula e de Dilma Rousseff, a definição do preço considerava a variação do petróleo no mercado internacional, mas também os custos de produção de petróleo no Brasil. Dessa forma, a estatal conseguia segurar mais os impactos de oscilações dos preços no mercado internacional para o consumidor interno.

O problema dessa política de preços é que eventualmente, ao segurar a barra dos preços a Petrobras acabava lucrando menos ou tendo até mesmo prejuíjo. Isso porque ela Às vezes vendia combustível no mercado interno por um preço menor do que o pago pela importação.

Para os investidores isso não era considerado nem um pouco vantajoso. No entanto, o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas não em combustíveis. Em 2021, o país importou 23% do diesel e 8% da gasolina que consumiu, para se ter uma ideia.

Outro ponto considerado pelo governo é que se a Petrobras cobra um preço abaixo do praticado no mercado internacional, os importadores privados se veem em dificuldades para atuar, já que eles terão que praticar esse preço internacional. Nesse cenário, eles apontam que, ou a Petrobras voltaria a importar e revender a preços mais baratos ou haveria desabastecimento.

Com informação, Agência Petrobras