Por meio de um post no Twitter, o Banco Central informou, na tarde dessa quarta-feira, 7 de julho, que o Pix bateu o novo recorde de transações em um único dia nessa terça-feira, dia 6. Foram, ao total, 31,3 milhões de Pix realizados.

O recorde anterior havia sido registrado no dia 31 de junho, com uma soma de 27,9 milhões de transferências feitas por meio do Pix. O sistema do Banco Central permite a transferência sem custo de dinheiro, entre pessoas e empresas. Ele foi lançado em novembro de 2020.

Veja na imagem abaixo, o tuite feito pelo Banco Central:

Post feito no Twitter pelo Banco Central nessa quarta-feira, 7 de julho. Créditos: Reprodução/Twitter
Post feito no Twitter pelo Banco Central nessa quarta-feira, 7 de julho. Créditos: Reprodução/Twitter

Diante desse fato, uma pergunta que fica no ar é: quanto os brasileiros vêm economizando em suas transferências?

Gasto bem menor com TED

Os brasileiros realmente aderiram ao Pix, e não é para menos. Antes, as transações realizadas por TED (Transferência Eletrônica Disponível) custavam em média R$ 10,00.

Vamos fazer um cálculo rápido juntos?

Se cada TED custava cerca de R$ 10,00 e foram realizadas 31,3 milhões transferências apenas no dia de ontem, foram economizados cerca de R$ 313.000.000 milhões. Em um único dia.

Se forem feitos em média 20 milhões Pix diários (considerando os dias em que são feitos menos, porque inícios de mês em geral há mais transferências), podemos calcular que os brasileiros estejam fazendo uma economia média de R$ 200 milhões por dia.

Multiplicados esses R$ 200 milhões pelos cerca de 30 dias do mês temos uma economia média mensal de R$ 6.000.000.000 bilhões. E esse valor, multiplicado por sua vez pelos cerca de 8 meses em que o Pix está ativo, resulta em uma economia que somada chega a incríveis R$ 48.000.000.000 bilhões desde novembro de 2020.

Precisamos considerar, é claro, que alguns bancos, especialmente os digitais, já não cobravam taxas de transferência via TED antes da existência do Pix por não possuírem agências físicas, entre outras razões.

Também temos que ter em conta que o Pix foi crescendo gradualmente ao longo dos últimos meses e que esse cálculo é feito com base em uma média e não em dados exatos. Ainda assim podemos ter uma noção do quanto os brasileiros pouparam utilizando o Pix.

PIX atinge 253,5 milhões de chaves cadastradas

Segundo dados divulgados pelo Banco Central no mês passado, recentemente o Pix atingiu 253,5 milhões de chaves cadastradas. Dessas, 87,6 milhões são de pessoas físicas e 5,8 milhões de empresas.

No total, até o fim de maio, haviam sido feitas 2 bilhões de transações, movimentando R$ 1,4 trilhão desde novembro de 2020 até o último dia de maio. Informações atualizadas deverão ser divulgadas em breve.

O diretor do Banco Central, João Manoel de Pinho Mello, afirmou na oportunidade que o PIX ganha cada vez mais tração no comércio. Em novembro de 2020, 87% das transações eram feitas entre pessoas (P2P) e 5% eram de pessoas para empresas (P2B). Agora, 75% são de P2P, e 12% são de P2B.

"O Pix foi construído para democratizar o acesso a meios de pagamentos eletrônicos, impulsionar a eletronização dos pagamentos e alavancar a competitividade e a eficiência do mercado. É um instrumento versátil que pode ser usado nas mais diversas situações de transferência de recursos envolvendo pessoas, empresas ou governo", diz o BC na página de divulgação do Pix.

Evolução

O Pix foi lançado em novembro de 2020 com muitas funcionalidades que facilitam a vida de quem paga e de quem recebe. Mas o trabalho para tornar o uso do Pix ainda mais amplo e agregar mais conveniência aos usuários não parou.

O ano de 2021 já chegou com novidades: no primeiro trimestre foi disponibilizada nova funcionalidade que permite o desenvolvimento pelas instituições participantes de soluções que integrem a lista de contatos, facilitando a visualização de quem tem chave Pix cadastrada. Além disso, as instituições tiveram que disponibilizar pelos próprios aplicativos a gestão de limites de valores.

Mais recentemente, em 14 de maio, foi lançado o Pix Cobrança para pagamentos com vencimento, que possibilita o cálculo automático de multa e juros ou descontos para pagamentos antecipados, de forma similar ao boleto. A gestão da cobrança é feita por meio da Pix API, padronizada pelo BC, que possibilita a criação, individual ou em lote, de cobranças via QR Code e a verificação do recebimento para integração em procedimentos de conciliação.

Pix Saque e Pix Troco

Recentemente tabém foi aberta uma consulta pública que trata do Pix Saque e do Pix Troco. As duas novas funcionalidades estão previstas para serem implementadas no segundo semestre desse ano, e possibilitarão a retirada do dinheiro em espécie com o Pix.

Até o final do ano ainda teremos muitas novidades, veja algumas:

  • Inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por Pix;
  • Pix aproximação: para dar mais facilidade e conveniência na iniciação de um Pix e para atender casos de uso específicos;
  • Possibilidade de fazer Pix entre usuários que estejam sem acesso à internet, ampliando o acesso da sociedade ao Pix;
  • Iniciador de pagamentos no Pix, com desenvolvimentos que seguirão a especificação técnica definida no âmbito do Open Banking, para permitir que os iniciadores possam ser participantes do Pix, agregando ainda mais competição ao ecossistema.