Na quarta-feira passada, dia 23 de junho, estreava na Bolsa de Valores do Brasil, o primeiro ETF de criptomoeda com exposição 100% e Bitcoin da América Latina, o QBTC11. Uma semana após o início de suas negociações, o ativo registra uma alta de cerca de 5%. Vamos ver como foram seus primeiros dias?

Gerido pela QR Asset, o QBTC11 teve seu valor inicial estabelecido em R$ 10,00, ou seja, aqueles que participaram da oferta pública inicial (IPO) compraram cada cota por esse valor. Mas na abertura das negociações na B3 o preço já estava em R$ 10,55.

De lá para cá ele passou por momentos de alta e de baixa. Na quinta-feira, dia 24 de junho, ele chegou aos R$ 10,99 por cota e na sexta-feira, dia 25, ele sofreu uma queda de cerca de 7%, chegando a R$ 10,22.

Na última segunda-feira, dia 28, ele teve um dia positivo na bolsa, registrando um aumento de mais de 6%, de forma que seu preço voltou aos R$ 10,88. E nessa terça-feira, dia 29, um novo aumento de mais 5,50% aconteceu, e o ETF chegou a ser negociado a R$ 11,48.

Nessa quarta-feira, dia 30, o QBTC11 iniciou o dia em queda, e por volta das 15 horas seu preço estava em R$ 11,10. As oscilações, porém, são tidas como normais para um ETF de criptomoedas e para aqueles que participaram do IPO, o lucro atual é de 11%.

Período de instabilidade

Esse lucro é visto com bons olhos pelos entusiastas das criptomoedas, principalmente considerando o momento de instabilidade que as criptomoedas e especialmente o Bitcoin, vêm vivendo.

Nas últimas semanas, não só a China reitorou proibições à mineração e transações com a moeda digital, mas também alguns outros países, como o México, por exemplo. Por outro lado, a QR Capital, mesma empresa que gere o QBTC11 lançou um vídeo narrado por Cid Moreira em que explica os investimentos em Bitcoin e que teve uma boa repercussão.

Nessa terça-feira, também foi divulgada a notícia de que o casal Gisele Bündchen e Tom Brady fecharam uma parceria com a corretora de criptoativos FTX e se tornaram não só investidores como embaixadores das criptomoedas. Esse fato também teve grande repercussão.

Sobre o QBTC11

Esse ETF usa como referência o índice oferecido pela Chicago Mercantile Exchange (CME) CF Bitcoin Reference Rate, que, inclusive, é utilizado para balizar contratos futuros de Bitcoin. Sua taxa de administração foi fixada em 0,75% ao ano

Para aqueles que desejam investir em criptomoedas como o Bitcoin, a exposição agora pode ficar mais simples. Isso porque no Brasil ainda não se tem uma cultura ampla de investimento em criptomoedas principalmente por receio frente a um tipo de investimento que ainda é novo por aqui e cujo valor, muitas pessoas ainda não compreendem.

Mas com um ETF, há uma sensação maior de segurança em função dos índices que norteiam o funcionamento do ETF. Além disso, um ETF é sempre uma boa opção para pessoas que estão começando a investir e que ainda não entendem muito bem do assunto.