A rede de lojas de construção Quero-Quero (LJQQ3) registrou um lucro líquido de R$ 15,6 milhões no terceiro trimestre de 2021 (3T21), sendo uma queda de 48,3% em relação ao mesmo período de 2020, conforme mostra o relatório divulgado pela empresa em 8 de novembro.

"Devido à forte base de comparação do 3T20, principalmente em Margem Bruta e alavancagem operacional, apresentamos uma diminuição do Lucro Líquido neste trimestre, embora ainda com crescimento relevante no acumulado do ano frente aos anos anteriores", explica a Quero-Quero.

Acontece que, segundo o relatório divulgado, o lucro líquido acumulado nos nove primeiros meses de 2021 (9M21) foi de R$ 43,1 milhões, o que representa crescimento de 30,7% em relação ao mesmo período de 2020, e de 204% frente ao 9M19 - período pré-pandemia.

Fundada em 1967 no interior do Rio Grande do Sul, a Quero-Quero completa pouco mais de um ano com capital aberto. A gaúcha das construções entrou para a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em agosto de 2020 após uma oferta pública inicial (IPO) que movimentou mais de R$ 2 bilhões.

Receita maior

Por sua vez, a Receita Bruta, Líquida de Devoluções e Abatimentos da Quero-Quero no 3º trimestre de 2021 atingiu R$ 668 milhões, configurando uma alta de 16,3% em relação ao período de julho a setembro de 2020 e avanço de 54,2% quando comparado com o 3T de 2019.

O destaque é do Varejo que gerou um montante de R$ 518,4 milhões no 3T21, em alta anual de 12,1%. Por sua vez, as linhas de Serviços Financeiros e Cartões de Crédito cresceram 37,2% e 12,5% respectivamente, também beneficiando a receita da empresa.

Nos nove primeiros meses de 2021 a receita bruta, líquida de devoluções e abatimentos totalizou R$ 1,822 bilhão, sendo uma alta de 30,5% em relação a 2020, e de 56,6% a 2019.

"Continuamos ganhando mercado, em mais um trimestre de crescimento, com as vendas mesmas lojas (Same Stores Sales) crescendo 4,6% no trimestre (41,7% vs 3T19, considerando apenas as lojas existentes nos respectivos meses de 2019) e 23,3% no 9M21 (39,3% vs 9M19)", disse a Quero-Quero pelo relatório divulgado.

Quero-Quero em expansão após IPO

Alimentando a estratégia de expansão, a Lojas Quero-Quero encerrou o 3T21 com uma rede de 440 lojas espalhadas por 353 cidades do Brasil, tendo inaugurado 19 novas unidades entre julho a setembro, e 45 lojas nos nove primeiros meses do ano.

Segundo o relatório, em relação ao 3T20, a companhia obteve um crescimento de 16,4% na base de lojas, e o mesmo crescimento na área de vendas, em m².

"Um dos pilares da nossa estratégia de negócios é o ganho de mercado (market share), e acreditamos em duas variáveis para atingir este objetivo: crescimento de vendas mesmas lojas (SSS) - ganho de mercado em cidades onde já atuamos - e a expansão orgânica, com a abertura de novas lojas em novos mercados endereçáveis (...)", disse a administração da Quero-Quero pelo relatório.

Outros destaques dos resultados

Segundo o documento divulgado, o ebitda ajustado da Quero-Quero no 3T21 foi de R$ 49,9 milhões, sendo uma retração de 15% em relação ao mesmo período de 2020. Nesse mesmo intervalo, a margem do ebitda caiu 3,6 pontos percentuais para 9,3%.

Já as despesas operacionais totalizaram R$ 162,2 milhões no 3T21; um crescimento de 18,9% em relação ao terceiro trimestre de 2020, ficando em linha com o crescimento da receita operacional líquida no período, de 18,3% vs. 3T20.

Por sua vez, a dívida líquida ajustada da Quero-Quero foi de R$ 153,9 milhões no 3T21, com alavancagem - dada pela relação entre a dívida líquida ajustada/ebitda ajustado dos últimos doze meses - de 0,8 vezes. Veja abaixo os destaques:

Créditos: Reprodução/Quero-Quero.
Créditos: Reprodução/RI Quero-Quero.