A Raízen (RAIZ4), joint venture entre Cosan e Shell, encerrou em 9 de setembro a oferta pública de distribuição primária (IPO) de ações preferenciais. Segundo o documento divulgado, a companhia levantou um total de R$ 6,709 bilhões com a venda de 906,7 milhões de papéis cujo preço foi fixado a R$ 7,40.

Inicialmente, a base era de 810,811 milhões de papéis da Raízen. Mas a companhia optou por também ofertar um lote suplementar de 11,83% da oferta inicial. Segundo o documento divulgado hoje, dia 10, a operação não contou com ações adicionais por determinação da companhia e dos coordenadores do IPO.

Investidores estrangeiros compraram a maioria das ações da Raízen

Segundo o documento divulgado, um anúncio de encerramento da oferta, do total de ações subscritas pela Raízen, cerca de 452,5 milhões de papéis ficaram em mãos de investidores estrangeiros. Apesar da oferta ter sido feita no Brasil, também foram realizados esforços para colocação das ações no exterior e esse foi o resultado.

Além disso, também entraram com fortes aportes na oferta pública da Raízen alguns fundos de investimentos, sendo o segundo maior tipo de comprador na oferta com 269,5 milhões de ações. Veja abaixo como ficaram os investidores do IPO da Raízen:

Fonte: Raízen.
Fonte: Anúncio de Encerramento da oferta/Raízen.

A oferta pública da Raízen foi coordenada pelas instituições financeiras BTG Pactual, Citi, Bank of America, Credit Suisse, Bradesco BBI, JP Morgan, Santander, XP Investimentos, HSBC, Safra e Scotiabank. Além disso, a operação também contou com uma participação de 41 instituições consorciadas.

Sendo uma distribuição primária, todos os recursos levantados serão destinados aos cofres da Raízen, como regra, após os descontos de custos com a operação. Desta forma, os acionistas controladores (Cosan e Shell) não levarão um fatia.

Pelo calendário da oferta, a liquidação das ações suplementares teve como data limite o dia 8 de setembro. Agora na próxima semana, dia 13, fecha o período de lock-up do IPO da Raízen e, desta forma, os acionistas que reservaram ações poderão passar a negociá-las. Após um dos maiores IPO do Brasil, a Raízen estreou na B3 no dia 5 de agosto deste ano.