A Suzano (SUZB3) registrou um prejuízo de R$ 959 milhões no 3º trimestre de 2021 (3T21), contra um prejuízo de R$ 1,1 bilhão em relação ao mesmo trimestre de 2020. Ademais, no 2T21, a empresa teve um lucro de R$ 10 bilhões.

Além disso, o resultado financeiro da Suzano totalizou um lucro de R$ 9,7 bilhões no 3T21. As informações foram divulgadas pela empresa na última quinta-feira, 28 de outubro, compondo a atual temporada de resultados trimestrais. Abaixo, confira todos os detalhes.

Resultados Operacionais da Suzano

No que diz respeito à celulose, o 3T21 foi marcado por uma grande demanda de celulose na Europa e na América do Norte, na esteira da performance nos segmentos de papel.

O consumo de papéis sanitários seguiu firme, suportado pela manutenção de um forte consumo de produtos de uso doméstico, somado a elevação da demanda por produtos de uso institucional. Neste contexto, as vendas de celulose da Suzano chegaram a 2.673 mil toneladas. E com isso, apresentou uma alta de 5% e 6%, respectivamente, em relação ao 2T21 e 3T20.

Por outro lado, a demanda de imprimir e escrever no Brasil teve um crescimento de 21% entre julho e agosto de 2021, com relação aos mesmos meses de 2020. Já no comparativo acumulado nos 8 meses de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, é visto uma elevação de 29% na demanda brasileira de imprimir e escrever.

Com relação às vendas de papel da Suzano no mercado interno, totalizaram 239 mil toneladas no 2T21. Ou seja, houve um crescimento de 15% em comparação ao 2T21, e de 9% contra 3T20. Enquanto isso, as vendas de papel nos mercados internacionais chegaram a 97 mil toneladas. E assim, teve um crescimento de 10% em relação ao 2T21, e uma diminuição de 2% em relação ao 3T20. O valor representou 29% do volume total de vendas no 3T21.

A partir da retomada gradual da economia e dos efeitos de sazonalidade do período, as vendas totais de papel da companhia aumentaram 14% em relação ao 2T21. Já no comparativo com o mesmo período de 2020, ocorreu um crescimento de 5%.

Resultados Financeiros

No que diz respeito à receita líquida de vendas da Suzano, a mesma atingiu R$ 10,7 bilhões no 3T21. Dessa forma, teve uma alta de 44% na comparação com o mesmo período de 2020.

Por outro lado, o Lucro Bruto chegou a R$ 5,5 bilhões no 3T21. Com isso, teve um crescimento de 82% na comparação com o 3T20. Ademais, o custo dos produtos vendidos chegou a R$ 5,3 bilhões no 3T21. Dessa forma, apresentou um aumento de 18% na comparação com o mesmo período de 2020.

Com relação ao Ebitda da Suzano, ele chegou a R$ 6,3 bilhões no 3T21, e teve um crescimento de 66% na comparação com o 3T20. Já a margem Ebitda chegou a 70,1% no 3T21, e dessa forma aumentou 17,0 ponto percentual na comparação com o 3T20.

Enquanto isso, o resultado financeiro da Suzano teve um lucro de R$ 9,7 bilhões no 3T21. E no 3T20, a empresa teve um prejuízo de R$ 5,6 bilhões. Ademais, as despesas gerais e administrativas aumentaram 2% em relação ao 3T20.

A margem bruta da Suzano chegou a 59% no 3T21. E assim, apresentou um crescimento de 8 ponto percentual na comparação com o 3T20. Por outro lado, o prejuízo da companhia chegou a R$ 959 milhões no 3T21, contra o lucro de R$ 10 bilhões na comparação com o 2T21, e prejuízo de R$ 1,1 bilhão na comparação com o mesmo período de 2020.

Por fim, a margem líquida da Suzano reduziu 8,9% no 3T21. E assim teve um aumento de 6,6 ponto percentual na comparação com o 3T20. Já a dívida bruta, em setembro de 2021, chegou a R$ 77,1 bilhões. E com isso teve um crescimento de R$ 8,7 bilhões na comparação com 2T21. A companhia teve uma estrutura dentro da normalidade no 3T21, e assim, manteve 97% da sua dívida no longo prazo, e 3% no curto prazo.

Cotação da Suzano

A ação da Suzano (SUZB3) iniciou o 3T21 cotada a R$ 60,33. Durante a maior parte do tempo se manteve abaixo desse nível, acima dos R$ 50. A queda mais acentuada foi em 20 de setembro, ao custar R$ 51,36. E fechou o trimestre cotada a R$ 54,32.

No pregão de hoje, a ação se encontra cotada a R$ 49,77, e assim acumula uma alta de 1,09% em novembro. Já com relação ao ano, o papel acumula uma queda importante de 14,98%.