Do início de 2021 até hoje, o Ibovespa se desvalorizou 8,91%. Tudo isso, mesmo com a marcação de novos recordes históricos de fechamento e o avanço do índice por um período curto, de março a maio.

Em suma, a maioria das ações de empresas que compõem o índice tiveram um desempenho ruim. Ou seja, 64 de 88 ações, terminaram o ano em queda. Entre os setores do Ibovespa que se destacaram negativamente, o que mais sofreu, foi o setor de varejo.

O Índice de Consumo (ICON) - indicador de desempenho dos "ativos de consumo cíclico, não cíclico e de saúde" - da B3 (B3SA3), por exemplo, que sofreu desvalorização de 24,37% desde janeiro. Por conta disso, confira abaixo, as 10 ações que mais caíram em 2021 no Ibovespa.

Você precisa ver: 10 ações que mais subiram no Ibovespa em 2021

10 ações que mais caíram no Ibovespa em 2021

  1. Lojas Americanas (LAME4): -77,62%;
  2. Magazine Luiza (MGLU3): -75,15%;
  3. Via (VIIA3): -69,43%;
  4. Pão de Açúcar (PCAR3): -68,91%;
  5. Americanas (AMER3): -58,67%;
  6. Eztec (EZTC3): -52,96%;
  7. Qualicorp (QUAL3): -51,06%;
  8. Natura (NTCO3): -50,30%;
  9. Cyrela (CYRE3): -47,46%;
  10. IRB Brasil (IRBR3): -45,60%.

De acordo com Bruno Madruga, head de Renda Variável da Monte Bravo Investimentos, o setor de varejo sofreu impacto em especial, por conta do cenário de elevação dos preços, redução do poder de consumo das famílias e aumento dos juros básicos.

Em suma, os papéis que já foram destaques positivos no mercado, como Via, Magazine Luiza e Americanas, sofreram muito em 2021. "Assim, fica mais difícil o consumidor ter acesso a crédito. E as expectativas menores para o crescimento do PIB brasileiro ano que vem, até por meio de dados recentes do varejo, começam a prejudicar muito o setor. Muito mesmo", cita Madruga.

Ademais, o especialista disse que, com a elevação muito forte da inflação, o consumo das famílias está diminuindo em todos os segmentos.

"A expectativa que a gente tinha muito elevada para a Black Friday e para o Natal caiu drasticamente. As famílias focaram muito mais em consumir produtos de extrema necessidade e ter dinheiro para outros gastos que não o varejo em si", finaliza Madruga.