Quando o assunto é inflação, com certeza ninguém sairá ileso em 2021. O aumento dos preços foi sentido por todos os brasileiros, principalmente para quem tem salário menor. Mas você sabe quais serviços e produtos subiram mais no ano de 2021?

A conta de luz está bem maior que antes, mas mesmo assim ela não é a pior vilã dos preços que mais subiram neste ano (até o mês de novembro). Para se ter uma ideia, os combustíveis e os alimentos foram os produtos que mais ajudaram para o aumento da inflação no Brasil em 2021.

Ranking das maiores inflações do ano de 2021

Desde novembro do ano passado até o mesmo mês deste ano, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial ficou em 10,74%.

De janeiro deste ano até novembro, a inflação ficou em 9,26%. A projeção para o final de 2021, conforme alguns economistas que foram consultados pelo BC (Banco Central) para o Boletim Focus, é que 2021 termine com uma inflação de 10,04%.

Quais preços subiram mais em 2021?

Em anos anteriores, o tomate havia sido um dos vilões. Neste ano, quem ganha o ranking é o pimentão, com um aumento de 72,96% de janeiro deste ano até novembro.

Caso você não tenha o hábito de consumir o produto, confira quais foram os 30 itens que mais encareceram no ano de 2021 até o mês de novembro. Provavelmente alguns deles você sentiu pesando no seu bolso.

Produto x Inflação em 2021:

1 - Pimentão - 72,96%

2 - Etanol - 67,18%

3 - Gasolina - 48,50%

4 - Óleo Diesel - 46,51%

5 - Açúcar refinado - 45,56%

6 - Mandioca (aipim) - 42,89%

7 - Café moído - 38,81%

8 - Gás veicular - 37,78%

9 - Gás de botijão - 36,18%

10 - Revista - 34,96%

11 - Açúcar cristal - 34,74%

12 - Fubá de milho - 31,94%

13 - Tomate - 30,63%

14 - Frango em pedaços - 30,42%

15 - Mudança - 29,96%

16 - Batata-doce - 29,37%

17 - Açúcar demerara - 27,24%

18 - Melão - 25,65%

19 - Pneu - 25,29%

20 - Alimentação para animais - 22,84%

21 - Filé-mignon - 22,65%

22 - Material hidráulico - 22,33%

23 - Pera - 21,48%

24 - Margarina - 21,08%

25 - Energia elétrica residencial - 20,60%

26 - Gás encanado - 20,59%

27 - Transporte por aplicativo - 19,69%

28 - Esponja de limpeza - 19,63%

29 - Frango inteiro - 19,61%

30 - Ferragens - 19,35%

Fonte: IBGE

Como é medida a inflação?

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o responsável por medir a variação dos preços de produtos e serviços de consumidores que recebem até 40 salários mínimos. Ele serve como uma média, e cada grupo de serviços e produtos tem uma relevância, podendo ser maior ou menor na conta total.

Como vai ficar a inflação em 2022?

É esperado que os preços comecem a diminuir em 2022. Presume-se uma inflação de 5,03% para 2022, metade do previsto para 2021 (10,04%).

Mesmo com uma expectativa otimista, esses 5% ainda estariam acima da meta do BC, sendo uma inflação de 3,5% para 2022, ficando no limite da tolerância, conhecida como teto da meta, que é de 5% para 2022.

O mercado estima que a inflação continue pressionada em 2022, mas que desacelere. E para 2023, é provável que ela deve convergir, ficando mais próximo da meta, de 3,25%.