A empresa de seguros Sulamérica (SULA11) registrou um lucro líquido acumulado de R$ 2,347 bilhões em 2020, sendo um avanço de 98,5% em relação a 2019, quando foi registrado um saldo de R$ 1,182 bilhão.

De outro lado, o lucro líquido do quarto trimestre de 2020 (4T20) somou R$ 42,7 milhões em uma forte queda de 90,6% frente aos R$ 452,9 milhões registrados nesse período de 2019.

As receitas operacionais totais foram de R$ 5,3 bilhões no 4T20, apresentando um avanço de 6,6% nos últimos doze meses puxado "pelos segmentos de saúde e odonto, previdência e pela retomada de crescimento de receitas de vida e acidentes pessoais", disse a SulAmérica. Em 2020, essas receitas totalizaram R$ 20 bilhões com uma alta de 6,3% em relação a 2019.

Em especial, as receitas operacionais de seguros da empresa ficaram em R$ 18,870 bilhões em 2020; alta anual de 6%, com destaque para os segmentos de saúde e odontologia. Dentre as demais receitas, destaca-se a previdência que gerou R$ 889,4 milhões no final do ano.

Segundo a empresa, houve no 4T20 um crescimento orgânico de 48 mil novos beneficiários em planos coletivos de saúde e odontologia em relação ao 4T19, sendo 41 mil em saúde e sete mil em odonto.

Como pode ser visto na tabela abaixo, o ebitda ajustado da SulAmérica viu uma queda de 82% no 4T20 frente ao ano anterior, mas saiu de 2020 com um total de R$ 1,2 bilhão após alta de 35%.

Fonte: RI/SulAmérica.
Fonte: RI/SulAmérica.

Negócios da Sulamérica

A SulAmérica comprou em fevereiro de 2020 uma participação de 25% da plataforma digital de investimento Órama. "A transação reforçou nosso posicionamento estratégico no segmento que apresenta crescente penetração no mercado brasileiro e considerável potencial de crescimento", disse a seguradora. Entre 2019 e 2020, o volume de ativos em custódia da Órama saltou de R$ 8 bilhões para R$ 10,9 bilhões e a quantidade de contas abertas teve alta de 69%.

A SulAmérica também possui participação majoritária na Docway, healthtech focada em soluções digitais em saúde, cuja receita líquida apresentou uma incrível alta de 681% em 2020, totalizando R$ 28,9 milhões, explicada principalmente pelo "contexto da pandemia da covid-19, que impulsionou de maneira acelerada a adoção de ferramentas digitais de acesso a saúde, notadamente teleconsultas", diz o relatório divulgado.