Aqueles que acompanham o mundo dos investimentos devem ter notado que nos últimos dias do mês de março o Bitcoin (BTC), que é hoje a principal criptomoeda do mercado, sofreu uma queda em seu valor. Da casa dos US$ 60 mil dólares ela passou para a casa dos US$ 50 mil, chegando a registrar R$ 51 mil no dia 25 de março.

Após essa correção, a moeda já sofreu um aumento novamente, de forma que seu valor, nessa segunda-feira, 5 de abril, já voltou para os US$ 57 mil. Mas afinal, porque houve essa oscilação? O que aconteceu com o Bitcoin e quais as perspectivas para o futuro dessa moeda virtual? Vamos falar um pouco sobre isso.

O que os especialistas apontam é que a volatilidade do Bitcoin é considerada normal e até mesmo esperada justamente por ser uma criptomoeda. Eventualmente, alguma notícia pode abalar um pouco mais os aportes nesse tipo de investimento, causando uma queda em seu valor. Esse, porém, não foi o caso da queda no fim do mês, já que nenhuma notícia foi identificada. O que pode ter acontecido então?

Os especialistas apontam para uma correção natural do mercado, ou seja, diante das altas registradas nos últimos meses, um grande número de investidores pode ter resolvido resgatar valores após um lucro esperado. Essa debandada acaba resultando em uma queda no preço. Consequentemente, outro bom número de investidores que estava de olho no BTC pode ter resolvido aproveitar a queda para adquirir Bitcoins, o que resultou nessa recuperação já registrada novamente.

Opções expirando

Além disso, na sexta-feira, dia 26 de março, havia um grande número de contratos de opções de Bitcoin em vencimento. Uma opção é quando um investidor adquire o direito de vender ou de comprar uma ação - no caso o Bitcoin -, dentro de um determinado período de tempo, por um determinado valor. Cerca de US$ 6 bilhões de contratos - uma quantidade recorde, aliás - iriam expirar naquela data, o que naturalmente torna os preços mais voláteis.

Correções trimestrais

Outra situação já observada pelos especialistas é que o BTC costuma sofrer pelo menos uma queda por trimestre, mesmo em períodos de mercado em alta, quando não acontecem duas correções dentro de um mesmo trimestre. Além disso, essa correções sao mais comuns no fim do trimestre, o que também explicaria a queda no fim do mês de março, terceiro mês de 2021, fim do primeiro tri.

BTC ainda em alta

O fato é que, mesmo com as recentes quedas, que totalizaram cerca de 10%, a criptomoeda ainda assim registra cerca de 80% de alta acumulada apenas em 2021. Isso significa que a moeda ainda está bastante em alta. Aliás, em comparação com outras correções, os 10% foram considerados muito tímidos, já que, na média histórica, essas correções costumavam chegar a 30% em média. Para ser considerada uma correção intermediária, o valor da moeda precisaria volta à casa dos US$ 40 mil doláres.

A expectativa do mercado e de alguns especialistas em Bitcoin é de que a ação ainda siga se valorizando por mais algum tempo antes de sofrer uma correção mais séria, que causaria uma queda maior no valor do BTC.