A Anatel liberou a venda da Oi Móvel para a Claro, a Tim e a Vivo. Diante disso, a Oi (OIBR3) finalmente conseguiu atravessar as últimas pedras em seu caminho de processo de recuperação judicial.

Assim que a liberação saiu, as ações da empresas aumentaram 7,69%, cotadas a R$ 1,12. O aumento perdeu fôlego e os papéis terminaram o pregão de ontem, dia 31 de janeiro, com alta de 2,88%, cotadas as R$ 1,07.

A finalização da venda tanto da unidade móvel como da participação na divisão de fibra óptica é vista como fundamental no processo de recuperação judicial da Oi, que ocorre desde 2016.

Oi ainda precisa do aval de alguns órgãos

Em um leilão feito no final de 2020, a Claro, a Tim e a Vivo arremataram a Oi Móvel por R$ 16,5 bilhões. Entretanto, o negócio ainda precisa da bênção dos órgãos reguladores.

Há uma semana, os acionistas da operadora aprovaram em assembleia a incorporação da Oi Móvel, etapa prevista dentro do processo de venda da unidade.

Além da Anatel, a venda também necessita da autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão de defesa da concorrência possui ainda o mês fevereiro para se manifestar sobre o caso.

Pedido de vista no meio do caminho

A estimativa era de que a autorização fosse anunciada na última sexta-feira, dia 28. O conselheiro Emmanoel Campelo votou para dar a permissão ao procedimento, acompanhado de condicionantes e compromissos a serem assumidos.

Entretanto, o julgamento do caso foi suspenso depois de um pedido de vista, isto é, mais tempo de análise, do conselheiro Vicente Bandeira de Aquino Neto. Com o pedido de vista de sexta-feira, a venda teria que voltar a ser debatida pelo Conselhor Diretor da Anatel, apenas em uma reunião ordinária, estimada para 10 de fevereiro. Porém, ainda na sexta-feira, Campelo chamou para uma reunião extraordinária.

Ontem, dia 31, Aquino Neto apoiou o negócio, entretanto sugeriu ajustes pontuais e acréscimos necessários para, segundo ele, "atender o interesse público". Os conselheiros Moisés Queiroz Moreira e Carlos Manuel Baigorri garantiram as mudanças, apoiando a venda da Oi Móvel.