Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado na quarta-feira, 19 de janeiro, aponta que o Auxílio Brasil deverá injetar na economia brasileira, pelo menos, R$ 84 bilhões ao longo de 2022.

Isso porque ele está garantindo renda às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza e estima-se que elas devem investir 70% desse valor na compra de produtos de consumo imediato, como alimentos, medicamentos e transporte. Esse percentual corresponde a cerca de R$ 59 bilhões.

Dessa quantia, acredita-se que:

  • cerca de R$ 28 bilhões devem ser gastos no setor de varejo; e
  • outros R$ 31 bilhões no setor de serviço.

Já a outra parte dos R$ 84 bilhões deverá ser destinada ao pagamento de dívidas e também à poupança, da seguinte forma:

  • cerca de 25,74%, ou seja, R$ 21,62 bilhões, para quitar ou abater dívidas; e
  • cerca de 3,83%, equivalentes a R$ 3,21 bilhões, para consumo futuro.

"Diante do avanço no grau de endividamento da população, a tendência é que uma parcela significativa seja direcionada para a redução do endividamento", registra o estudo da CNC. O documento cita o indicador do Banco Central do Brasil de que no terceiro trimestre de 2021, 30,3% da renda média dos brasileiros estava comprometida com dívidas.

Números recordes

Novo programa de transferência de renda do Governo Federal, o Auxílio Brasil foi lançado em substituição ao Bolsa Família. Entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, mais de três milhões de famílias foram incluídas no benefício zerando a fila do programa e ampliando para 17,5 milhões o total de famílias atendidas. É o maior patamar já registrado na história dos programas de transferência de renda no país.

No Auxílio Brasil, cada família recebe o valor mínimo de R$ 400 por mês. Ao todo, são beneficiadas 8,3 milhões de famílias na região Nordeste, 5 milhões de famílias no Sudeste, 2,1 milhões no Norte, 1,1 milhão no Sul e 893 mil no Centro-Oeste. O programa integra políticas públicas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda.

"Com esse conjunto de ações, fortalecemos as políticas de transferência de renda. Há todo um suporte a esses brasileiros, que pode servir de sustentação para uma economia que precisa buscar aquecer, retomar a estrutura para gerar emprego e fazer com que o Brasil avance, cada vez mais", afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.

Serviço

Para saber em que dia o benefício fica disponível para saque ou crédito em conta bancária, a família deve observar o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), impresso no cartão do titular. Para cada final do NIS há uma data correspondente (confira o calendário abaixo).

As três milhões de novas famílias incluídas já estão recebendo as notificações desde o início do ano. Ao entrar no programa, elas recebem, via Correios, no endereço informado durante o cadastramento, duas cartas da CAIXA: a primeira é um informativo com orientações gerais, enquanto a segunda traz o Cartão Auxílio Brasil.

O cartão é gerado automaticamente em nome do responsável familiar. Com ele, é possível sacar o valor integral do benefício ou fazer saques parciais. Além disso, o beneficiário pode movimentar os recursos pelo aplicativo Caixa Tem, com opções de pagar contas, fazer transferências, conferir extrato e outros serviços.

As parcelas mensais do Auxílio Brasil ficam disponíveis para saque por 120 dias após a data indicada no calendário. Os beneficiários podem conferir no extrato de pagamento a "Mensagem Auxílio Brasil" com o valor do benefício.

Com informações Ministério da Cidadania.