O Bradesco divulgou na última quinta-feira (05), os seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). Em suma, o lucro do banco é o maior para um primeiro trimestre, em valores nominais no setor de bancos, e o 9º em valores ajustados pela inflação.

Dos grandes bancões, apenas o Santander havia divulgado os seus resultados referente ao 1T22. Enquanto o Itaú divulgará em 09 de maio, o Banco do Brasil apresentará em 11 de maio.

Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 1T22.

Resultados financeiros do Bradesco

Durante o primeiro trimestre de 2022, a companhia alcançou um lucro líquido contábil de R$ 7,009 bilhões no período. A partir disso, foi possível constatar que houve uma alta de 13,9% em relação ao mesmo período de 2021. Na ocasião, os ganhos chegaram a R$ 6,153 bilhões.

Enquanto isso, o lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos extraordinários) foi de R$ 6,821 bilhões. Ou seja, houve uma alta de 3,1% na comparação com os primeiros três meses de 2021.

Em suma, o resultado veio um pouco acima da previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 6,76 bilhões. De acordo com o Bradesco, o desempenho do começo do ano sofreu impulso do "desempenho da margem financeira, das receitas de prestação de serviços e das despesas operacionais".

Ao mesmo tempo, a receita com prestação de serviços somou R$ 8,6 bilhões. Ou seja, houve um crescimento de 6,7% em 12 meses, mas houve queda de 2,9% no trimestre.

Por outro lado, a margem com clientes chegou a R$ 15,8 bilhões. Assim, o valor aponta uma alta de 19,6% em 12 meses e de 7% no trimestre. Já a despesa operacional foi de R$ 11,7 bilhões. Ou seja, houve uma queda de 9,1% no trimestre, mas alta de 4,4% em 12 meses.

Além disso, o retorno sobre o patrimônio líquido, um indicador da lucratividade dos bancos, foi de 18% no primeiro trimestre. O valor é 0,7 ponto percentual abaixo do apurado no 1T21, mas 0,5 ponto acima do verificado no 4T21.

Ademais, a carteira de crédito expandida do Bradesco chegou a R$ 834,5 bilhões no 1T22. Ou seja, houve uma alta de 18,3% na comparação de 12 meses e acréscimo de 2,7% no trimestre. Nas linhas para pessoas físicas, o avanço foi de 22,6% na comparação com o 1T21, e na carteira para pessoas jurídicas, a alta foi de 15,7%.

Por fim, o índice de inadimplência acima de 90 dias aumentou para 3,2% em março, ante 2,8% em dezembro. Já a base de clientes totais do banco chegou a 74,8 milhões, sendo 37 milhões de clientes correntistas.