1T22: Suzano (SUZB3) lucra R$ 10,3 bilhões e reverte prejuízo

A Suzano (SUZB3) registrou um lucro líquido de R$ 10,306 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), assim revertendo o prejuízo de R$ 2,755 bilhões obtido no mesmo período de 2021. Essa informação foi divulgada pela empresa em relatório de resultados.

Além disso, segundo o balanço, o lucro da Suzano no 1T22 ficou ainda 347% acima do resultado líquido registrado no trimestre anterior, no quarto trimestre de 2021 (4T21). "A variação em relação ao 4T21 e ao 1T21 é explicada pela variação positiva no resultado financeiro, por sua vez decorrente do impacto positivo da variação cambial sobre a dívida e da marcação a mercado das operações com derivativos, em oposição aos dois períodos de comparação", explica a empresa.

Entre janeiro a março de 2022, as vendas de celulose da Suzano caíram 10% na comparação com o primeiro trimestre de 2021. De outro lado, as vendas de papel cresceram 7% nesse mesmo intervalo.

Destaques dos resultados da Suzano (SUZB3) no 1T22

A Suzano registrou uma receita líquida de R$ 9,743 bilhões no 1º trimestre de 2022, representando crescimento de 10% frente ao mesmo período de 2021, devido ao maior preço médio líquido em dólar, principalmente da celulose que gerou 82% do resultado. Do total, 81% da receita líquida foi gerada no mercado externo. Confira abaixo o preço médio líquido dos produtos da empresa:

• Celulose: preço médio líquido de celulose no mercado externo: US$ 639 por tonelada, alta de 20% em relação ao 1T21;
• Papel: preço médio líquido de papel de R$ 5.619/ton (+26% vs. 1T21).

Beneficiando o lucro líquido, o resultado financeiro da companhia ficou positivo em R$ 12,935 bilhões, ante um saldo negativo de R$ 8,6 bilhões e R$ 2,6 bilhões no 1º e 4º trimestre de 2021, respectivamente.

O destaque dos investimentos é da variação cambial e monetária que gerou receita de R$ 7,631 bilhões, bem como das operações com derivativos que geraram R$ 6,196 bilhões. "As receitas financeiras apresentaram um aumento de 7% em relação ao 4T21, devido ao aumento do CDI no período, de um acumulado de 1,84% no 4T21 para 2,42% no 1T22", consta no balanço.

Por sua vez, o Ebitda Ajustado, que desconsidera itens não recorrentes, totalizou R$ 5,121 bilhões no 1T22, assim sendo uma queda de 19% em relação ao mesmo trimestre de 2021, como pode ser visto na tabela abaixo:

A Suzano fechou o 1T22 com uma dívida líquida de R$ 49,669 bilhões, representanto redução de 25% em relação ao endividamento no primeiro trimestre de 2021. Dessa maneira, a alavancagem financeira da empresa, em reais e dada pela relação entre dívida líquida e ebitda, caiu 0,4 ponto para 2,1 vezes.

Suzano aprova R$ 1,8 bilhão em dividendos aos acionistas

Para 2021, a Suzano já havia aprovado um valor exato de R$ 1 bilhão em forma de dividendos intercalares para ser repartido entre os acionistas da companhia, com base no lucro líquido registrado até o fim do primeiro semestre desse mesmo ano. O pagamento foi de cerca de R$ 0,74 por ação.

Após isso, agora em 25 de abril de 2022, a Suzano aprovou em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária a distribuição de dividendos complementares no total de R$ 800 milhões, correspondendo um valor por ação de R$ 0,592805521, a ser feita em maio. Dessa maneira, as últimas distribuições de lucros aos acionistas pela empresa soma R$ 1,8 bilhão.

Suzano (SUZB3) em alta na B3 com balanço; IBOV caindo 3%

A Suzano divulgou o relatório de resultados na noite de quarta-feira, 4 de maio, já após o fechamento do mercado. Nesse dia, as ações da empresa fecharam cotadas a R$ 51,96 cada, com alta de 1,37%.

Nesta quinta-feira, 5 de maio, as ações da Suzano estavam negociadas com alta na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com o balanço positivo. Até às 15h24min, a SUZB3 estava cotada a R$ 51,50 com alta de 2,21%.

De outro lado, o Ibovespa (IBOV) caía mais de 3,1% por volta das 15h25min em 5 de maio, aos 104.883 mil pontos.