Um levantamento da Austin Rating, mostra que a taxa de desemprego no Brasil é a 4ª pior, entre as principais economias do mundo. O estudo, reúne os dados de 44 países, que já divulgaram os seus dados oficiais no 3º trimestre.

Em suma, o levantamento apresenta que o desemprego no Brasil é mais que o dobro da taxa média global. Além disso, é o pior entre os integrantes do G20, que já apresentaram os números referentes a agosto ou setembro.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 13,2% no 3º trimestre, totalizando 13,7 milhões de trabalhadores, de acordo com o IBGE. Antes da chegada da pandemia, o índice estava abaixo de 12%, e saltou para 14,7% no 1º trimestre de 2021.

Ranking com as maiores taxas de desemprego do mundo

Segundo o ranking, apenas a Costa Rica, a Espanha e a Grécia, tiveram uma taxa de desemprego maior que a do Brasil. Abaixo, confira o top 10:

  1. Costa Rica: 15,2%;
  2. Espanha: 14,6%;
  3. Grécia: 13,8%;
  4. Brasil: 13,2%;
  5. Colômbia: 12,7%;
  6. Turquia: 12,1%;
  7. Itália: 9,3%;
  8. Suécia: 8.8%;
  9. Índia: 8,3%;
  10. Chile: 8,2%.

Em suma, dos países que compõem o G20, somente 3 ainda não divulgaram os números oficiais de desemprego no 3º trimestre: África do Sul, Arábia Saudita e Argentina.

Enquanto isso, no conjunto de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a taxa de desemprego reduziu para 5,8% em setembro, e agora está 0,5 ponto percentual acima do patamar pré-pandemia. Na zona do euro, a taxa ficou em 7,4% em setembro. E nos EUA, o desemprego recuou para 4,8%.

De acordo com o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, "Essa é uma fotografia clara de quanto o Brasil está perdendo na geração de emprego. Entre esses 44 países estão concorrentes diretos e outros emergentes como Cingapura, Coreia e México. Nestes países, a taxa de desemprego chega a 4%, 5%, no máximo".

Ademais, o economista diz que a alta do desemprego no Brasil se explica em especial, por um grande período de baixo crescimento e por problemas estruturais históricos da economia do Brasil, como baixa produtividade. Entretanto, a recuperação do mercado de trabalho tem sido prejudicada nos últimos meses pela piora das estimativas, em especial em relação à inflação e ao aumento do PIB em 2022.

Por fim, Agostini explica que "Em 2021, se esperava uma retomada e uma perspectiva melhor, mas o que a gente vê é que, infelizmente, o Brasil cresce numa média muito menor que a dos países emergentes e também da média global".