Os Correios do Brasil estão prontos para atender à demanda de entregas decorrentes da Black Friday, que acontece nessa sexta-feira, 26 de novembro, disse Floriano Peixoto, o presidente da estatal, em nota divulgada pela empresa.

Essa fala se dá porque tradicionalmente muitas compras são feitas nesse período, e uma boa parte das compras é pela internet, o que demanda bastante trabalho para a empresa com as entregas. Por isso, segundo Peixoto, "os Correios estão se preparando há meses para esta data. Nosso objetivo é repetir a boa performance dos últimos anos com o acréscimo da experiência que tivemos. A cada ano, batemos novos recordes".

Já houve anos em que, observando o alto fluxo de vendas, muitas empresas alargaram o prazo das entregas, preocupadas justamente com a capacidade dos Correios de fazer as entregas dentro do prazo. Mas segundo a assessoria da estatal, essa não deve mais ser uma preocupação, pois os Correios têm investido cada vez mais no aumento da qualidade operacional e capacidade logística, para absorver o pico da demanda.

Soluções e investimentos

A estatal também oferece soluções formatadas especialmente para o comércio eletrônico.
"Os Correios têm a liderança da logística do e-commerce no Brasil e estão sempre aprimorando os seus serviços. É isso que garantimos para a Black Friday 2021: estamos prontos e com a atenção plenamente voltada para entregar a melhor experiência aos clientes", disse o diretor de Negócios dos Correios, Alex do Nascimento. "Nosso objetivo é prestar os melhores serviços às empresas e oferecer a melhor experiência a vendedores e compradores".

Entre os investimentos houve a renovação da frota da empresa e uma modernização da operação. "Estamos realizando uma nova onda de automação de processos na empresa. Vamos automatizar mais nove centros de tratamento e estamos comprando máquinas muito mais modernas, inclusive específicas para atender os centros de tratamento internacionais", disse o diretor de Operações da empresa, Carlos Henrique de Luca Ribeiro.

O aumento da capacidade da carga aérea para chegar mais rapidamente nas regiões Norte e Nordeste também é uma das apostas da empresa. "Seremos o único operador logístico do Brasil a oferecer prazo expresso para a maioria dos estados do Norte e Nordeste", disse o diretor de Operações.

Expectativa

Apesar dos anúncios de promoções em lojas físicas e virtuais, a expectativa de algumas entidades é que a Black Friday deste ano seja mais fraca para os comerciantes do que a de 2020. Mas há entidades que esperam um aumento nas vendas.

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), feita em todo o país, mostrou que 62,5% dos 1,2 mil associados farão promoções em seus pontos de venda durante a Black Friday, enquanto 18,8% dos lojistas gostariam de participar da data, porém, não conseguirão devido ao aumento de custos que pressionam os preços e as margens de venda. A Alshop espera um crescimento de 5% em relação a 2020.

Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) prevê uma queda nas vendas em comparação com a mesma data no ano passado.

A CNC acredita que deve haver um recuo de 6,5% , enquanto a Ibevar avalia que apenas cinco em 28 categorias de produtos devem ter crescimento na intenção de compra do consumidor, em relação a 2020: jogos eletrônicos - Nintendo Switch (25,7%), bicicletas (18,1%), fones de ouvidos (20%), consoles de vídeo-game (0,8%) e calçados (0,5%).

Cuidados a serem tomados

E apesar de a data oferecer boas oportunidades de compras, com descontos significativos em muitos casos, é importante estar alerta para golpes e fraudes, pois elas também aumentam nesse período.

Aqui no Poupar Dinheiro, ao longo desse semana, trouxemos alguns artigos orientando sobre as melhores formas de tomar cuidados (confira nos links abaixo). Mas a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) também elaborou uma lista de cuidados e nós vamos apresentá-la aqui também.

Confira as principais dicas da Senacon para se proteger de golpes:

  • Reputação da loja em que pretende comprar: o cliente pode checar a reputação de grandes varejistas na plataforma consumidor.gov.br. É possível ler o conteúdo das reclamações, as respostas das empresas e a avaliação dos consumidores no site.
  • Consulte os sites comparadores de preços e produtos online: há formas de comparar preços em sites de pesquisa e alguns Procons também publicam em seus sites listas de fornecedores que devem ser evitados. Pesquise sobre os produtos que deseja comprar antes da data e avalie a variação do preço promocional no dia da oferta. Certifique-se de que os descontos ofertados de fato valem a pena e são reais.
  • Cuidado com e-mails e sites fraudulentos: o recomendado é entrar no site oficial da loja por seu endereço online e não por meio de links duvidosos que podem chegar por e-mail ou dispositivos móveis.
  • Presença de certificados de segurança de pagamentos: não forneça seus dados bancários a sites que não possuem certificados de segurança. Somente acesse sites do fornecedor digitando o endereço diretamente em seu navegador, evitando links existentes em uma página ou em uma mensagem; evite compras ou pagamentos por meio de computadores de terceiros ou por meio de redes Wi-Fi públicas.
  • Confira política de cancelamento ou troca de produto: verifique se a loja física ou site permite a troca do modelo ou tamanho do produto após a compra. Se permitir, no caso da loja física, faça constar uma observação (na nota fiscal ou na etiqueta, por exemplo) de que a troca é permitida. Exija sempre a nota fiscal.
  • Devolva compras online em caso de arrependimento: no caso de compras feitas pela internet, o consumidor tem o direito de arrependimento por um período de sete dias, contados a partir da entrega do produto, para sua devolução ao fornecedor. Já em compras feitas em lojas físicas não há essa garantia, portanto é importante refletir se há realmente a necessidade de aquisição do produto ou serviço.
  • Confira dados para pagamentos com PIX: ao utilizar o PIX, o consumidor precisa seguir os mesmos cuidados indicados para qualquer outro tipo de transferência, como checar os dados do recebedor. Também é importante cadastrar chaves apenas nos canais oficiais da instituição financeira, como aplicativo ou agências, e desconfiar de contatos ou ofertas de ajuda não solicitadas sobre isso.
  • Registre reclamação caso não consiga resolver problema: se o cliente tiver problemas de consumo que não tenha conseguido resolver diretamente com a empresa, ele tem à disposição a plataforma Consumidor.gov.br para solucionar conflitos que tenham ocorrido no período das promoções. Basta registrar a reclamação na plataforma, caso a empresa esteja cadastrada, ou procurar o Procon mais próximo de sua residência.