O Grupo CSN (CSNA3) anunciou nesta segunda-feira, 11 de abril, que seus braços CSN Cimentos e CSN Energia assinaram um acordo na sexta-feira, 8, pelo qual pretendem comprar a totalidade das ações de emissão da Santa Ana Energética, atualmente pertentecente à Brookfield Brasil Asset Management Investimentos.

Segundo o documento divulgado pela CSN, a Santa Ana Energética é titular de outorga para a exploração da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Ana, bem como da Topázio Energética.

Além disso, a sociedade controla indiretamente as operações da Brasil Central Energia Ltda. (BCE), subsidiária da Topázio, titular de outorga para a exploração da Pequena Central Hidrelétrica Sacre II.

A conclusão da negociação ainda depende de cumprimento de condições, como aprovação das autoridades concorrenciais e regulatórias, dentre outras.

Santa Ana Energética opera energia elétrica

Pelo documento, a CSN não trouxe mais detalhes sobre a operação, como os valores envolvidos, bem como projeções. Mas, no registro da Santa Ana Energética consta que a empresa opera nos segmentos de geração e comércio de energia elétrica.

"Considerando a projeção crescente de consumo de energia elétrica pela CSN Cimentos para os próximos anos em razão de suas aquisições recentes e projetos em desenvolvimento de médio e longo prazo, a aquisição das PCHs tem por objetivo suportar e fortalecer a estratégia de expansão dos negócios da CSN, através de investimentos em energia renovável e autoprodução para a maior competitividade dos seus negócios", explica a CSN pelo documento divulgado.

CSN realizou aquisições em 2021 para impulsionar a CSN Cimentos

Para turbinar as operações da CSN Cimentos, o grupo CSN comprou em 2021 as linhas de cimento e mineração Elizabeth, em negociação avaliada em R$ 1,08 bilhão. Toda a operação foi concluída.

Mais tarde, a CSN Cimentos celebrou, em 9 de setembro de 2021, contrato para aquisição total da LafargeHolcim (Brasil), por total avaliado de US$ 1,025 bilhão. Juntas, as operações do braço da CSN com a da adquirida trariam uma capacidade produtiva de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano, segundo as estimativas.

Em novembro de 2021, o Grupo CSN assinou um acordo para incorporar ações da Metalgráfica Iguaçu, produtora brasileira de latas de aço, bem como fabricante de embalagens metálicas para alimentos. "A operação é um passo estratégico para ampliar a capacidade de produção da divisão de embalagens da CSN. A tecnologia utilizada pela Iguaçu é mais moderna do que a utilizada pela CSN, melhorando a competitividade do negócio e fortalecendo a cadeia nacional, especialmente em relação as embalagens sucedâneas", explicou o Grupo na época.