Você já parou pra pensar no que faz aquele papel colorido ter valor? A primeira parte da fabricação do dinheiro é a impressão. Mas imprimir não é o suficiente para transformar papel em dinheiro. Se fosse assim, qualquer pessoa montaria sua própria fábrica de cédulas, não é mesmo?

O que faz aquele papel se tornar dinheiro é um processo chamado emissão, no qual o Banco Central oficializa aquelas notas e moedas como dinheiro. Mas emtão, por que o Banco Central simplesmente não enriquece todo mundo emitindo milhares de reais para cada pessoa?

Vamos ententer!

Seria apenas imprimir e distribuir o dinheiro?

A verdade é que apesar de parecer simples, o processo não é tão simples assim. Todo o valor disponível de dinheiro existente precisa ser compatível com a quantidade de bens e serviços disponíveis no país.

Por exemplo, o ouro, é mais difícil de conseguir. Não é encontrado pela rua, por exemplo. Além de ser fascínante, o ouro também é muito valioso por se tratar de um minério mais escasso. A lógica do dinheiro é bem parecida, pois caso você não consiga aquilo que é utilizado como moeda com facilidade, ele passa a valer mais.

Então, o fato é que numa realidade em que todos pudessem ter a quantidade de moedas que desejassem, ela seria menos valiosa, pois seria mais fácil consegui-la.

A mesma coisa acontece com o dinheiro brasileiro. Se tiver dinheiro demais circulando, vamos comprar tudo em excesso e os comerciantes vão aumentar os preços. Afinal, porque um empresário cobraria menos se ele soubesse que todas as pessoas têm dinheiro de sobra e podem pagar mais?

E como resultado disso, possivelmente toda essa quantidade de dinheiro que estaria disponível não compraria os poucos produtos existentes. A produção não daria conta e se todo mundo procura a mesma coisa, ela automaticamente ficará mais cara.

Os preços dos produtos então subiria como em um leilão em que todos estariam participando diariamente, mesmo sem perceber. Quem dá mais, leva.

Regular o dinheiro

A única maneira para resolver isso, é controlando e regulando a quantidade de dinheiro em circulação, ou então aumentando a produção de bens e serviços. Sendo assim, um vendedor de carros não teria espaço para cobrar mais caro, pois o consumidor encontraria outro carro para comprar.

Portanto, imprimir dinheiro sem controle só faria com que o dinheiro passasse a valer menos. Por incrível que pareça, distribuir dinheiro às pessoas iria empobrecer ainda mais a população.

E é o Banco Central que cuida de tudo isso e da economia do nosso país. Portanto, acredite: a quantidade de dinheiro disponível no mercado é o suficiente para atender todas as necessidades da população e das empresas. Infelizmente, porém, essa quantia está mal distribuída apenas.

E se não existisse dinheiro?

É difícil imaginar a vida sem ele, pois já usamos há tanto tempo, e atualmente, quase que o tempo todo (você que está lendo essa matéria está usando internet que é paga com dinheiro, não é mesmo?). Porque o desenvolvimento da sociedade foi acompanhado da evolução do dinheiro, então, seria como se estivéssemos voltando no tempo.

O dinheiro é um meio de pagamento, como uma mercadoria. Mas podemos dizer que ele é uma mercadoria intermediária, que tem grande aceitação. Se ele não existisse, voltaríamos ao escambo, situação em que um produto é trocado por outro de valor semelhante.

O problema é que isso só funciona se ambas as partes querem exatamente o que a outra tem para oferecer ou concordem com o que se tem para oferecer. Além disso, é difícil saber ao certo a quantia e quanto vale adeterminado produto para fazer a troca de forma justa. Por isso, a criação do dinheiro simplificou tudo.

A moeda é composta por três funções:

  • Servir como forma de pagamento;
  • Funcionar como reserva de valor;
  • Ser referencial de troca.

O Banco Central do Brasil é responsável pelo dinheiro brasileiro, projetando cédulas e moedas, que ele manda imprimir e colocar em circulação. Ele também tenta garantir que o dinheiro tenha seu poder de compra.