Muitas vezes acontecem imprevistos que comprometem o orçamento, o que intervêm no planejamento financeiro. Caso você não consiga pagar o valor total da fatura até o vencimento, pode optar por realizar um parcelamento, pagar o mínimo ou qualquer valor, podendo ser menor que o total da fatura. O restante irá cair no crédito rotativo.

O que é crédito rotativo?

O rotativo é um tipo de crédito que é oferecido aos clientes de cartões de crédito que não conseguem realizar o pagamento total da fatura por inteiro.

Quando a pessoa não consegue pagar esse valor total e acaba pagando uma quantia menor que o total da fatura, o valor restante acaba entrando na fatura seguinte, onde é cobrado juros sobre o valor que ficou em aberto.

Tecnicamente, entrar no rotativo significa que o cliente está pagando juros em cima do valor que não foi quitado. E vale lembrar que os juros do rotativo são um dos mais caros do mercado. Caso preferir, o Banco Central esclarece as dúvidas a respeito.

Quando é cobrado o crédito rotativo?

Desde abril de 2017, surgiram novas regras do cartão de crédito, que só é possível usar o crédito rotativo uma vez por mês, onde o Conselho Monetário Nacional (CMN) exige que os bancos transfiram essa dívida para o crédito parcelado, que é uma opção de juros menores.

A divulgação da média da taxa do rotativo é feita todo mês pelo Banco Central. Em março de 2019, chegou a 298,6% ao ano.

Pagamento mínimo

Dentre as mudanças, uma das principais foi o fim da obrigatoriedade do pagamento mínimo de 15% do total da fatura. Era essa a porcentagem que o cliente precisava quitar para que não fosse considerado inadimplente, o que acarreta no pagamento de multa e juros de mora.

A partir de 2018, o pagamento mínimo é definido pela instituição financeira, podendo ainda ser diferente para cada cliente.

Mas vale ressaltar que isso não acaba com a inadimplência, caso o consumidor não realizar a quitação deste valor, ele entrará no crédito rotativo com a taxa de juros indicada pelo banco.

Taxas diferentes do rotativo

Sendo a regra que mais beneficia o cliente, agora não é mais permitida a cobrança de uma taxa de juros diferenciada para quem está inadimplente.

Na regra antiga, o cliente que pagasse o valor mínimo da fatura, entrava no crédito rotativo "regular", com juros mais baixos. Os clientes inadimplentes ou que pagassem um valor abaixo do mínimo, entravam no "não regular", com taxas maiores.

Atualmente, a taxa de juros regular vale para todos. A instituição pode cobrar uma multa de 2%, que será paga uma única vez e juros de mora, cobrado no máximo de 1% ao mês.

Com o fim do pagamento mínimo e das taxas diferenciadas para inadimplentes, a tendência é que as taxas do rotativo deem uma reduzida, sendo percebido desde 2017, quando as primeiras medidas foram implementadas. A possibilidade de o mínimo ser combinado entre o cliente e o banco diminui a chance do cliente não pagar a conta.

Como não entrar no crédito rotativo?

Você pode aderir a algumas atitudes simples para evitar usar a opção do crédito rotativo. São elas:

  • Fique sempre por dentro das taxas de juros cobradas pelo seu banco;
  • Controle seus gastos com anotações e nunca gaste mais do que possa pagar;
  • Sempre que possível, pague o total da fatura para evitar qualquer tipo de juros;
  • Tome cuidado com as compras parceladas.;
  • Veja se as parcelas cabem no seu orçamento;

Lembre-se que sempre é melhor pagar algum valor do que não pagar nada e deixar a fatura total em atraso.