Agora, ao que tudo indica, é certo: o IPO (oferta pública inicial de ações) do Nubank deve começar a partir de novembro desse ano e acontecerá na Bolsa de Valores dos Estados Unidos, ainda não se sabe em qual bolsa (Nyse ou Nasdaq), e no Brasil (na B3), com o lançamento de Brazilian Depositary Receipts (BDRs).

Essas informações foram divulgadas na noite dessa segunda-feira, 18 de outubro, pelo jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a matéria veiculada, o banco digital deve ter um valor de mercado entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões, bem menor do que a expectativa do mercado de US$ 100 bilhões.

Ainda de acordo com o jornal, como o Nubank optou por fazer listagem no exterior e lançamento de BDRs de forma simultânea, o cronograma foi impactado. Mas em algumas semanas o prospecto do banco digital deve se tornar público no órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, a SEC.

Com o valor de mercado acima de US$ 50 bilhões, a fintech desbanca os bancos tradicionais brasileiros listados nos EUA. O Itaú (ITUB4) é avaliado em US$ 42 bilhões e o Bradesco (BBDC4) vale US$ 34 bilhões.

Os bancos coordenadores, como Morgan Stanley, Citi e Goldman Sachs, avaliam que o tamanho da oferta deva ficar ao redor de US$ 3 bilhões.

Prestes a fazer IPO, Nubank registra primeiro lucro de sua história

Prestes a fazer seu IPO, o Nubank registrou o primeiro lucro líquido de sua história no 1° semestre de 2021, informação que foi divulgada na quarta-feira, dia 13 de outubro. Ao total, foram R$ 76 milhões de saldo positivo.

O fato foi considerado histórico, pois até então o banco digital criado em 2013 vinha registrando apenas prejuízo. Para se ter uma ideia, no mesmo período de 2020, havia sido registrado um saldo negativo de R$ 95 milhões.

Até então, porém, a própria direção do banco afirmava que esses resultados, apesar de parecerem ruins, faziam parte de sua estratégia de crescimento e que a longo prazo os lucros apareceriam. Pois aí estão agora.

A notícia, segundo alguns especialistas, veio em muito boa hora esses dados podem fazer bastante diferença nos resultados que serão alcançados pela empresa no IPO, na busca por acionistas.

Por falar em acionistas, o banco informou que esse primeiro lucro não será distribuído entre eles, pois o valor ficará na empresa para ser reinvestido em novos produtos e serviços. "O foco continua no longo prazo", disse a instituição financeira.