Ao buscar sustentar o seu plano de investimento e fortalecer a estrutura de capital, a Marisa (AMAR3) efetuará uma elevação privada de capital de até R$ 249,9 milhões, através da emissão de novas ações. A varejista de moda deseja preparar o caixa para as pressões inflacionárias e a alta de juros. Os mesmos devem seguir presentes no período pós-pandemia.

De acordo com o comunicado enviado para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite da última sexta-feira (03), a empresa emitirá até 81.168.831 ações a R$ 3,08 cada. Os acionistas da empresa que desejarem aumentar a sua participação, terão de 13 de dezembro a 11 de janeiro de 2022 para exercerem o seu direito de preferência.

Além disso, a Marisa também dará um bônus de subscrição os investidores. Entretanto, quem quiser participar da operação com as vantagens acima, precisa correr: elas serão válidas para os detentores de papéis na próxima sexta-feira (10). A partir do dia 13, os papéis serão negociados "ex-direito".

Diante desse aumento de capital, na última segunda-feira (06) as ações da Lojas Marisa dispararam 15,75%, a R$ 4,19, no pregão.

O que significa subscrição?

Para assegurar o nível de participação de seus acionistas, as empresas que desejarem aumentar o seu capital social, dão aos investidores a preferência na compra das novas ações.

Neste caso específico da Marisa, ficou estabelecido que, quem quiser exercer o direito, poderá comprar o equivalente a 31,04% de sua posição acionária no fechamento do dia 10. Além disso, existe um bônus anunciado.

Em suma, o acionista poderá adquirir uma fração que equivale a 0,850828725129724 do papel por um preço maior, de R$ 3,62. As datas também diferem nessa etapa: o bônus de subscrição deverá ser exercido de 15 de setembro de 2022 a 15 de novembro do mesmo ano.

Sendo assim, a mudança que os acionistas devem sentir, é que quem escolher pela subscrição, seguirá com o mesmo nível de participação no negócio, mesmo depois da elevação do capital social. Por outro lado, quem ficar de fora da operação, observará a sua fatia diminuir.

Por fim, vale dizer que as novas ações emitidas terão as mesmas condições e direitos das já existente. E está incluso aqui, a participação total em distribuições de dividendos, juros sobre o capital próprio e outras formas de proventos.