A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), listada na bolsa de valores brasileira com o código CSNA3, divulga nesta quinta os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano (3T20), após o fechamento do pregão. Já a teleconferência para apresentação dos balanços está marcada para o dia 16, às 11h no horário de Brasília. É a primeira empresa a abrir a temporada de resultados do terceiro trimestre.

Os papeis da empresa caíram forte em março, no caos da pandemia, quando bateram R$ 5,80 e apresentam um ganho desde lá de incríveis 234%. A ação da CSNA3 está sendo negociada nesta quinta (15) a R$ 19,38 na espera do balanço.

O banco Safra espera bons resultados da companhia siderúrgica, tendo como expectativa um lucro líquido na casa de R$ 1,5 bilhão no 3T20 ante resultado de R$ 446 milhões obtido no segundo trimestre do ano. Para os especialistas do Safra, "a empresa deve continuar a se beneficiar de um mercado de minério de ferro resiliente e um ambiente doméstico favorável para o aço, com volumes em expansão e melhores preços". O banco estima uma alta de 27% na receita líquida da CSN, o que seriam R$ 7,9 bilhões, e recomenda compra com preço-alvo de R$ 17,60.

A companhia fechou o exercício de 2019 com registro de venda de 38,5 milhões de toneladas de minério de ferro, produção de 3,6 milhões de toneladas de cimento e receita líquida da siderurgia de R$ 14 bilhões.

O banco Safra espera aumento nos preços de minério de ferro de 17% nesse terceiro trimestre e valorização de 10% no volume de aço "como resultado de uma expansão sequencial saudável de 15% das vendas domésticas, enquanto os volumes externos devem permanecer estáveis".

A CSN dá início à temporada de divulgação dos resultado do 3T20, que seguirá até o dia 16 de novembro. Os balanços mostrarão os impactos da pandemia com a flexibilização das atividades econômicas.

Segundo trimestre de CSNA3

A segunda maior produtora de minério de ferro do país fechou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 446 milhões, o que foi uma queda frente ao montante de R$ 1,8 bilhão captado no 2T19; mas que também representou uma forte recuperação dos três primeiros meses de 2020, quando foi registrado prejuízo de R$ 1,3 bilhão.

Nesse 2T20, a receita líquida caiu 10% em relação ao resultado do ano anterior, e de outro lado mostrou avanço de 17% sobre o 1T20.

Por sua vez, o Ebitda ajustado ficou em R$ 1,9 bilhão no 2T20, queda anual e valorização trimestral de -19% e 45% respectivamente.