A B3 (B3SA3) divulgou nessa quarta-feira, 7 de julho, o relatório com os destaques operacionais do mês de junho e apontou que o o número de investidores ativos na bolsa cresceu 42,9% no mês passado em comparação com o mesmo mês de 2020.

Ao total, já são 3,83 milhões de pessoas que estão comprando e vendendo ações diariamente no Brasil. Em relação ao mês de maio de 2021, esse número representa um aumento de 1,4%.

O número de empresas listadas também subiu 12,6%, na comparação anual, para 439 companhias. Em relação à maio de 2021, foi registrada estabilidade.

Volume financeiro

A bolsa também informou que, em junho, houve crescimento de 14,1% no volume financeiro médio diário negociado no segmento de ações - que considera o mercado à vista, a termo, futuro e de opções -, ante o mesmo mês do ano passado, para R$ 37 bilhões. A alta foi de 11,5% se comparada ao mês de maio.

O mercado a termo e futuros de ações registrou a maior aceleração, que chegou a 98% ao somar R$ 431 milhões. Porém, em relação ao mês anterior, houve queda de 10,2%.

Na renda fixa também houve um aumento no número de novas emissões, num total de 11,5% em relação a junho de 2020 e de 6,2% na comparação com maio desse ano. Por dia são cerca de R$ 1,1 bilhão envolvidos em transações desse tipo.

Veja na íntegra o relatório apresentado pela B3.

Novos investidores são jovens

Um estudo realizado pela B3 no fim de 2020 com os cerca de 2 milhões de investidores que entraram na bolsa entre 2019 e 2020 aponta que os novo investidores têm um perfim jovem - cerca de 32 anos - e começam investindo valores menores - algo em torno de R$ 660. O estudo apontou ainda que eles têm visão de investimento de longo prazo, mantendo suas posições mesmo no auge da volatilidade do mercado.

A pesquisa também mostra que eles não têm filhos (60%), contam com uma renda mensal de até R$5 mil (56%) e com trabalho em tempo integral (62%). Apesar da maioria (74%) ainda ser formada por homens, chama a atenção o crescimento das mulheres (26%) investindo na bolsa, saltando de 179.392 em 2018 para 809.533 em 2020.

Veja detalhes da pesquisa divulgada pela B3.

Seguindo a tendência de pesquisas anteriores, o valor do primeiro investimento entre os investidores pessoa física tem caído. Nos últimos dois anos, caiu 58%, saindo de R$ 1.916, em outubro de 2018, para R$ 660, em outubro de 2020. Entre os investidores mais jovens, os valores são menores ainda. Em outubro de 2020, o valor médio do investimento inicial era de R$ 225 entre os investidores de 16 a 25 anos de idade.

Parte dessa jornada de educação dos investidores se deve à democratização do acesso à informação. E boa parte dessas informações chegam a essa nova safra de investidores pela internet, tendo como canal os influenciadores digitais e os portais de notícias sobre investimentos.

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