A empresa Oi (OIBR3) divulgou na quarta-feira, 12 de maio, que registrou um prejuízo líquido de R$ 3,504 bilhões no primeiro trimestre de 2021 (1T21), o que demonstra uma melhoria de 44,2% frente ao prejuízo de R$ 6,280 bilhões desse período de 2020.

Entretanto, a Oi reverteu um lucro de R$ 1,798 bilhão no último trimestre de 2020 para o prejuízo no primeiro trimestre de 2021.

"As medidas restritivas, em função da piora do cenário da covid-19, tiveram impacto nas operações do 1T21 interrompendo a sequência dos últimos dois trimestres em que a Companhia apresentou crescimento sequencial de receita. Esse recuo foi observado de maneira mais expressiva no segmento de B2B, principalmente como reflexo da segunda onda da pandemia que tem impactado fortemente a economia e as empresas em geral. Já o Residencial ficou em linha nos comparativos sequencial e anual, ancorado pelo forte ritmo de crescimento da Fibra, que reflete o foco de atuação da Nova Oi neste segmento, em substituição aos serviços legados de cobre", disse a Oi.

Após divulgar os resultados do 1T21, as ações da Oi (OIBR3) despencaram na Bolsa de Valores de São Paulo. Até às 11h55min desta quinta-feira de 13 de maio, a OIBR3 estava cotada a R$ 1,64 com queda diária de 3,53%.

Fibra da Oi cresce 189% no 1T21

Em meio às perdas, a linha de Fibra seguiu com resultados positivos. Entre janeiro a março de 2021, a receita líquida gerada pelo segmento atingiu R$ 560 milhões, sendo um crescimento de 189,1% em relação ao primeiro trimestre de 2020 e ainda é um avanço de 16,6% na comparação com o último trimestre de 2020.

Após forte investimentos em Fibra, a base de clientes da Oi fechou o 1T21 com 10,5 milhões de casas passadas com fibra (Homes Passed - HP’s), captando 1,4 milhão de HP's no período.

"A Companhia segue monitorando constantemente a evolução dos investimentos de fibra e continua ampliando suas iniciativas de instalação, suporte, vendas e marketing", disse a Oi.

Destaques dos resultados da Oi (OIBR3) no 1T21

Segundo o relatório divugado, a receita líquida da Oi no 1T21 foi de R$ 4,453 bilhões, configurando um recuo de 6,2% na comparação anual, puxado pelo congelamento das atividades em meio à pandemia.

No Brasil, a receita líquida atingiu R$ 4,395 bilhões em uma baixa anual de 6,5%. Pelo relatório, a Oi disse que a perda causada pela pandemia de maior destaque foi na linha de negócio B2B, cuja receita caiu 16,5% em um ano. De outro lado, o segmento residencial manteve-se estável no 1T21, em R$ 1,311 bilhão.

Por sua vez, o ebitda de rotina - que desconsidera números não esperados - atingiu R$ 1,139 bilhão no 1T21; queda de 25,7%.

A famosa dívida da Oi, empresa que está em recuperação judicial desde 2016, cresceu no 1T21, segundo o relatório divulgado. No período de janeiro a março de 2021, a dívida líquida totalizou R$ 25,172 bilhões, o que é uma alta anual de 38,8%; frente ao quarto trimestre de 2020, há aumento de 15,5%, como pode ser visto na tabela abaixo:

Fonte: RI/Oi.
Fonte: RI/Oi.