A rede de farmácias Pague Menos (PGMN3) apresentou seu relatório de resultados trimestrais nessa segunda-feira, dia 2 agosto, após o fechamento do mercado e mostrou que apesar de ter registrado uma pequena diminuição no número de lojas no segundo trimestre de 2021 (2T21), ela obteve um lucro líquido ajustado 683,2% maior do que no 2T20, totalizando R$ 71,6 milhões.

Um dos destaques relacionados a esse lucro obtido, foi o crescimento nas vendas das lojas, que registraram uma média mensal de R$ 616 mil, cerca de 21,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. Também houve um número de atendimentos maior (em 10%), totalizando 26.846 mil nos três meses entre abril e junho.

A empresa chamou a atenção ainda para um Ebitda de R$ 192,3 milhões, o que representa um aumento de 37,7% em relação ao 2T20, quando o Ebitda foi de R$ 139,7 milhões. A Margem Ebitda, por sua vez, foi de 9,4%, ou seja, 1,1 ponto percentual a mais do que no 2T20.

Veja abaixo o resumo dos destaques financeiros e operacionais da companhia no 2º trimestre de 2021:

Destaques financeiros da Pague Menos no 2T21. Créditos: Reprodução/Pague Menos
Destaques financeiros da Pague Menos no 2T21. Créditos: Reprodução/Pague Menos
Destaques operacionais da Pague Menos no 2T21. Créditos: Reprodução/Pague Menos
Destaques operacionais da Pague Menos no 2T21. Créditos: Reprodução/Pague Menos

Portfólio de lojas

O número de lojas da companhia caiu de 1.112 para 1.101 na comparação com o mesmo período de 2020. De acordo com a companhia, no 2T21, 6 lojas foram fechadas, 39% delas na Região Sudeste. Por outro lado, outras 6 lojas foram abertas predominantemente na Região Nordeste (onde se encontram 61% de suas farmácias) e 48 unidades foram reformadas.

A empresa também teve um crescimento digital de 71,1%, representando 7,4% das vendas totais no período, 2,2 p.p. a mais na comparação com o 2T20.

E as expectativas para os próximos trimestres são de que 130 novos pontos iniciem suas atividades. Desses 80 já estão em fase de implantação, com inauguração prevista para breve.

Aquisição da Extrafarma

A Pague Menos também destacou um acontecimento importante do trimestre, que foi a aquisição da rede Extrafarma, formalizada no dia 18 de maio, pelo valor de R$ 700 milhões. Essa aquisição foi considerada um marco porque consolida "o início de uma nova fase de crescimento da Companhia", disse a Pague Menos no relatório.

A Extrafarma encerrou o primeiro trimestre de 2021 com 402 lojas, distribuídas em 10 estados, que totalizaram um faturamento de R$ 2,1 bilhões em 2020. Com a aquisição, que está sob análise do Cade, a Pague Menos se tornará a segunda maior rede de farmácias do país em número de lojas.

Vendas

Ainda no quesito vendas, que como já destacamos, registrou um aumento, vale citar que a companhia apontou como resultado disso uma série de mudanças, entre elas, a redução de 40% no índice de ruptura de estoques, incremento no sortimento de itens vendidos em 6,6%, incremento na participação dos canais digitais e a crescente adesão ao Clinic Farma, atingindo 6,8% da base total de clientes, entre outros.

Além disso, a companhia teve um bom desempenho na categoria produtos de marcas próprias, que totalizou R$ 125,2 milhões em vendas no trimestre, crescimento de 22,2% em relação ao 2T20. em razão disso, a companhia disse que continua a ampliar seu portfólio, especialmente porque os itens lançados nos últimos 2 anos concentraram mais de 30% do total das vendas de marcas próprias no trimestre.

Endividamento e investimentos

Vale abordarmos ainda a dívida bruta da companhia que ao final do 2T21 totalizou R$ 803,6 milhões, queda de 3,1% em relação ao 1T21 e de 16,5% em relação ao 2T20.

Também merece um breve destaque os investimentos, que totalizaram R$ 67,9 milhões no primeiro semetre de 2021, dedicados, 33% às reformas das lojas e 27% com expensão da rede. Também foram gastos 20 desse valor com tecnologia e outros 21% com infraestrutura das lojas.

Veja a apresentação de resultados do 2T21 da Pague Menos na íntegra.

Ações PGMN3 sobem 3%

Outro ponto interessante é que a empresa registrou uma valorização acumulada de 40,6% no preço de suas ações desde o IPO, em 2 de setembro de 2020, até o dia 30 de julho de 2021 e do dia 30 até essa terça-feira, dia 3, foram mais 4,44%.

Só nessa terça-feira, após a divulgação dos resultados, foram 3,31% de alta. Cada uma das ações estava custando R$ 12,08, no dia 2, no momento do fechamento do mercado. E por volta das 16 horas do dia 3, estavam custando R$ 12,48 cada uma.

A empresa acaba sendo bastante atrativa também, não apenas pelos resultados positivos, mas por ter uma agenda de atividades ESG, como destaca seu relatório, tendo como pilares a Saúde para as Pessoas, a Saúde para o Ambiente e a Saúde para os Negócios.

Nesses quesitos ela aponta que vem trabalhando para proporcionar mais saúde à população de baixa renda, diminuição da geração de resíduos e consumo de energia renovável, além do desenvolvimento de colaboradores, inclusão, respeito à diversidade, entre outros.