Ao se preocupar com o caixa para o ano eleitoral (2022), o governo se meteu em uma discussão sem fim, sobre os subsídios aos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. E isso, pode levar ao desabastecimento de derivados de petróleo em algumas regiões, já nos próximos dias.

Em suma, a Petrobras tem feito "cortes unilaterais" nos pedidos das distribuidoras regionais, para o fornecimento de derivados de petróleo durante novembro. A informação foi apresentada para a Agência Nacional de Petróleo (ANP), pelo sindicato que reúne 43 empresas donas de redes de distribuição de combustíveis em quase todos os Estados.

De acordo com a nota pública da federação empresarial, "as reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento". Ademais, não existe alternativa de suprimento de gasolina e diesel. Saiba mais a seguir.

ANP não acredita em desabastecimento

As importações se tornaram inviáveis por conta da "diferença atual" entre os preços domésticos e os externos. No mercado internacional os preços "estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil." E assim, a defasagem na gasolina seria de 14% e no diesel de 18%.

Atualmente, a ANP não vê risco de desabastecimento. Entretanto, avisou que vai estuar os cortes. Enquanto isso, a Petrobras diz que está cumprindo com os seus contratos. Porém, sabe-se que os cortes para o mês de novembro são reais, e atingem as encomendas extras das distribuidoras regionais.

Ademais, a Petrobras segue segurando os preços no mercado interno, que atualmente possuem uma defasagem de até 18%, na comparação com os preços internacionais. E mesmo assim, os seus preços domésticos estão em níveis incompatíveis com o poder de compra dos brasileiros.