A Petrobras anunciou na patrde dessa segunda-feira, 12 de setembro, mais uma redução de preços, dessa vez do GLP, o gás de cozinha. A redução se dará no preço que é cobrado pela estatal para as distribuidoras e passa a valer a partir dessa terça-feira, dia 13.

O preço médio passará de R$ 4,23 por quilo para R$ 4,03 por quilo, o equivalente a R$ 52,34 pelo botijão de 13 quilos, o mais vendido no Brasil hoje para as residências. Essa redução será de 4,72% e refletirá em uma diminuição de R$ 2,60 por 13 kg.

Segundo a Petrobras,

Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio.

Como é composto o preço do gás

O valor cobrado pela Petrobras para as distribuidoras é apenas uma parte do preço do gás de cozinha que é cobrado do consumidor final. Que saber o que mais incide sobe esse preço? Veja abaixo:

Créditos: Reprodução/Petrobras
Créditos: Reprodução/Petrobras

No site da Petrobras é possível conferir o preço do botijão de gás por estado, no entanto, a média nacional hoje está em R$ 111,57, como mostra aa imagem acima feita com dados coletados entre os dias 28 de agosto e 3 de setembro.

Política de preços da Petrobras

Atualmente a Petrobras usa o Preço de Paridade de Importação (PPI) para definir o valor que cobrará dos distribuidores. Ele considera o preço dos combustíveis praticado no mercado internacional, os custos logísticos de trazê-los ao Brasil e uma margem para remunerar os riscos da operação. Como o preço no mercado internacional é em dólar, a cotação da moeda também influencia o cálculo.

Essa fórmula foi adotada a partir de 2016, no governo Michel Temer. Nos governos Lula e de Dilma Rousseff, a definição do preço considerava a variação do petróleo no mercado internacional, mas também os custos de produção de petróleo no Brasil. Dessa forma, a estatal conseguia segurar mais os impactos de oscilações dos preços no mercado internacional para o consumidor interno.

O problema dessa política de preços é que eventualmente, ao segurar a barra dos preços a Petrobras acabava lucrando menos ou tendo até mesmo prejuíjo. Isso porque ela Às vezes vendia combustível no mercado interno por um preço menor do que o pago pela importação.

Para os investidores isso não era considerado nem um pouco vantajoso. No entanto, o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas não em combustíveis. Em 2021, o país importou 23% do diesel e 8% da gasolina que consumiu, para se ter uma ideia.

Outro ponto considerado pelo governo é que se a Petrobras cobra um preço abaixo do praticado no mercado internacional, os importadores privados se veem em dificuldades para atuar, já que eles terão que praticar esse preço internacional. Nesse cenário, eles apontam que, ou a Petrobras voltaria a importar e revender a preços mais baratos ou haveria desabastecimento.

Com informação, Agência Petrobras